sexta-feira, 31 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Você enxerga esse título aqui?
Você, rapaz viciado em todos os luxos da tecnologia, do computador, da internet, e insiraaquialgotecnológicobrilhante, assim como eu, já não enxerga mais, certo? Essas coisas novas só prejudicam a visão de quem quer que esteja diante delas. Já percebeu que essa geração da hora em que vivemos anda cada vez mais com a visão fodida? Pois então. Saiba que, se você AINDA não tem olho torto, deficiente visual ou pelo menos uma catarata, você é a próxima vítima. Nossos pais, moradores de uma era cenozóica antiga bem antepassada da nossa, não tinham o prazer de ter um computador pra passar as horas chatas de convivência familiar, ou seja, passavam o dia se comendo e reproduzindo. Manja aquela galera da África que tem menos de 1 dolar por dia, mas tem 15 ogros mortos de fome pra sustentarem? Então. É essa a hora que eles dizem: "NOFFA, ESSES MENINOS DE HOJE NÃO BRINCAM NA RUA, NÃO CORREM, SÓ TEM OS DEDOS MUSCULOSOS PORQUE APERTAM O MOUSE O DIA INTEIRO". Então, essa é a hora que falamos: OI, VOCÊS ERAM ASSIM PORQUE NA ERA JURÁSSICA EM QUE VOCÊS VIVIAM NÃO EXISTIA COMPUTADOR, BELEZA?
Voltando ao assunto [/desabafo], me encontrei debilitado (assim como milhões de djovens around the world) visualmente e fui à uma consulta oftalmológica (?).
1°) CHEGADA AO CONSULTÓRIO
Vai ao balcão resolver as paradas burocráticas de convênio (ou a consulta mesmo) e senta. A recepcionista SEMPRE tem uma cara bondosa. Tipo aquelas protagonistas de novela mexicana, saca? Blush rosa chockkkk, sorriso de boa-moça-simpática no rosto e um coque bem-feito e sedoso. MAS ELAS NÃO ENGANAM! Passam um tempo e essas putas vem com um colírio DUMAL pra injetar litros no seu olho. FIQUE ESPERTO VOCE QUE NUNCA FOI À UMA CONSULTA! NÃO SE DEIXEM ENGANAR PELA BELEZA ENCANTADORA DAS VADIAS DA RECEPÇÃO! Elas vêm com umas carinhas mó inocentes com uma coisinha na mão. Você pergunta:
- Que que é isso?
- Ah meu bem, é só um colírio que o médico pede para que os pacientes botem antes de entrarem pra consulta.
*olhar desconfiado*
- Vai arder só um pouquinho, tá?
VELHO, QUE PORRA É AQUELA? ME EXPLICA????????? CARALHO, ELA BOTA ÁCIDO SULFÚRICO NAQUELE COLÍRIO?? Saca, ela enfia aquilo no teu olho e enquanto você agoniza lá esperando a morte, ela ri maquiavelicamente MUAHAHAHAHA!!! VOCÊ GRITA: NOOOOOOOOOOOO!!! E ela volta pra recepção, como se não tivesse cegado um pobre paciente.
2) TESTES PRELIMINARES
AH, sem contar que antes do colírio feladaputa, a escrota te chama carinhosamente pra fazer alguns "exames". MEU SACO. Voce senta na cadeirinha lá e ela diz:
- Agora vai soprar um arzinho no seu olho, tá bem?
Eu já sou noiado com meu olho. (PRA MIM A MORTE É VER ALGUÉM PONDO/TIRANDO LENTE!) Qualquer coisa que se possa se aproximar dele eu já tenho agonia. Agora imagina a tensão de esperar o tal ventinho? Você tá lá... de boa... controlando sua ansiedade/medo da coisa que virá pros seus olhos. Daí você espera, e espera. E nada. CARA, é só você relaxar que a mulher ATIRA uma rajada de vento no teu olho. Tipos, saca quando entra um cisco dai tu pede pra tua tia soprar de leve e ela simplesmente afunda teu olho de tanta força? Daquele jeito que com certeza ou você perdeu a visão ou afundou ainda mais o cisco dentro do olho? Então, tipo isso.
3) A CONSULTA
Você fica 30 minutos esperando fazer efeito da soda cáustica do colírio, daí a recepcionista recita seu nome: "SENHOR PEDRO VITOR, PODE ME ACOMPANHAR AQUI POR FAVOR?" Nesse momento você já tá cagando de medo da velha, tipo "A chave mestra", saca? Você levanta, praticamente cego, e vai na direção que você vê os vultos, afinal não lhe resta nenhum olho mais. Entra na sala da médica, com seu olho pendurado, e começa aquele teste de visão. Primeiro ela mostra umas letras 50 kms da sua frente e te pede pra ler aquilo. Como se não bastasse, cada letra tem seus míseros o que... 3 centímetros, né? Beleza, pulando essa parte, depois vem o teste de visão. Ela bota um equipamento monstro na tua frente e vai mudando as lentes:
- Esse tá bom?
- Aham
- E esse? Tá melhor?
- Aham.
- E esse agora... melhor?
- Mas não tá... igual?
- Não não, são coisas completamente diferentes. Olha *volta pra primeira lente* e agora *vai pra segunda*
- Uhum, *NÃO TEM DIFERENÇA ALGUMA* fico com a segunda.
- Ótimo... e essa?
- Essa é boa também
- Agora?
- Calma, perdi a referência. Volta na outra?
*vai pra anterior e volta pra última*
- Calma, vai de novo
*¬¬*
- De novo
*¬¬¬*
- Ultima vez...
*WTFFF*
- Ah, não faz diferença não. :D
No fim das contas, ela fica tão puta que na hora de fazer a receita ela deve botar 75 graus de miopia + 12 inverso de astigmatismo. Na real esses médicos são todos uns cuzões. Voce vai só por ir, pra ter a certeza de que não precisa de óculos nem nada e eles: "Não não, você tem 10 mil de hipermetropia em um olho e 0,75 em outro, me dê seu dinheiro e apodreça seus olhos rerere". O fato, velho, é que muita gente vai nessa de acreditar, faz os óculos, e aquilo se torna uma dependência. Como diz o grande ditado do MC Créu: "Uma vez com óculos, você nunca mais conseguirá se virar sem ele."
Postado por Pedro Ascar às 19:47 35 humores foram limitados.
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Subcelebridade do interior.
Para quem não me conhece, prazer. Sou Gabriel e morei 19 anos numa cidade
Como a questão de eu ser tratado como um ex-BBB que, em matéria pro Fantástico, relembra suas origens visitando a cidade natal. Desde que cheguei, há uma semana exata, não parei em casa. Mentira, parei sim, mas vez ou outra tenho que sair para visitar inúmeros parentes.
Claro que visito meus avós com o maior prazer, isso não é problema. Chato é ter que ficar ouvindo a todo momento um "Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
Mas como parente é parente, a gente releva.
Ex-BBB é famoso por um curto tempo, o meu caso aqui. Sou famoso na cidade enquanto durarem minhas férias. Exemplo? A vizinha do fundo de casa. No dia seguinte à minha chegada recebi de presente uma forma de pão de queijo especialmente para mim. Rârs!
A tia do bar em frente a minha casa ficou toda alegre e para ser mais criativa que os outros, disse: "Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
PSEUDOSORRISOS FALSOS
Parece que é só eu chegar para virem até minha casa pessoas em visitas inesperadas. Já na segunda feira meu pai realizou uma reunião de um grupo de ajudas que ele coordena. Os profissionais se reuniram na parte externa da casa enquanto eu me deliciava com o super capítulo de Caminho das Índias. No final da reunião algumas das profissionais foram se despedir da minha mãe. Elas me viram e...
"Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
Assim vão seguindo meus dias. Como os quadros no Fantástico, saio sempre para fazer algum programa "Relembre Suas Origens": passear pela cidade, comer lanches na pracinha central, tomar sorvete com tios que vieram visitar as origens deles, marcar presença em festinhas infantis... Locais em que sempre rolam pessoas que me olham com um olhar feliz e dizem: "Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
E eu lá, com meu pseudosorriso falso, respondendo: "Pois é... Minha barba. Cresceu."
O problema é que a maioria dos meus amigos nem voltaram para essas férias. E nem rola sair à noite com os poucos que aqui estão porque sei que nos bares vou encontrar ex-colegas que virão super empolgados com um copo de cerveja na mão até minha mesa para dizer: "Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
Sério. Me sinto tanto um ex-BBB que é só botar o pé na rua e ver um cachorro vira-lata pra eu já soltar meu sorrisinho falso e dizer mecanicamente o bordão das férias do Gabriel: "Pois é... Minha barba. Cresceu."
Estou esgotado com tudo isso. hoje fui à missa em homenagem aos 80 anos da minha avó. Vários parentes. Eu já tinha visto todos e portanto nem precisaria ouvir sobre minha atual beleza ou minha barba de trocentos dias. Ledo engano. Voltando da comunhão vejo uma tia que ainda não tinha visto. Ela me olhou nos olhos e não conteve o sorriso largo. Deu pulinhos no banco e... Não disse nada. Só sorriu. Tipo, quase um "Oi, vim só pra beber..." mas vi nos mesmos olhos, diferentemente dos olhos dos outros, uma frase engasgada em seu peito emocionado:
"Nooossa, quanto tempooo... Tá boniiito... E essa barba?"
Fâque.
¬¬
Postado por Gabriel Rezende Mota às 02:15 13 humores foram limitados.
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Dia do Amigo!
Postado por Guilherme Toscano às 01:37 11 humores foram limitados.
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A publicidade manda um beijo
Sua vida tá uma merda. Você procura por novidade. Quer facilidades, quer se sentir completa, quer ter o luxo daquelas modelos que quase afogam na banheira com tanto hidratante só pra passar a imagem de maciez. Você quer ter aquela família perfeita de propaganda de margarina que sempre se une pra tomar café da manhã, um papai - com sorriso branco e impecável - que não tem pressa pra ir pro trabalho, a mamãe que não berra pra você sair da cama, e filhos que acordam com o maior bom-humor do mundo dizendo "QUE DIA BELO! JÁ DISSE QUE EU AMO VOCÊS, PAPAIS?". Você quer impor sua liberdade, afinal você que tem 18 anos e já pode fumar! Veste-se de cowboy e se imagina cavalgando... por aí com um amigo gay? Ok, não foi um bom exemplo. Enfim, você quer tudo, só ainda não sabe que quer. É aí que nós, os malvados aspirantes a publicitários, entramos.
Além desses clichês já citados, Olivieiro Toscani, famoso fotógrafo publicitário (responsável pela arte da polêmica Benneton) em seu livro "A Publicidade é um cadáver que nos sorri", cita vários outros clichês que encontramos por aí nas publicidades de rua (ou de casa). Assim como ele, várias pessoas condenam, não só a publicidade em si, mas os indivíduos que a seguem como estudo ou trabalho. "Eles são a imagem do capeta!" ou "VOCÊS SÃO O DEMÔNIO TRAVESTIDO!" são coisas que vocês (também) devem estar cansados de ouvir sobre a gente. Estamos aí pra estimular o desejo, fazer com que todos vocês consumam, consumam e consumam. Aí que tá. Espera que eu vá defender esse ponto de vista? Nós realmente queremos que vocês morram no desejo, que gastem todo os seus salários com os produtos que anunciamos até perder a casa, a família, o cachorro, a sogra, ao ponto de você ir morar na rua e o cachorro mulambento lamber seu pé cheio de fungos por não ter mais sapatos e... tá, exagerei um pouco. Mesmo porque se você ficar pobre quem vai continuar consumindo o que anunciamos, né? Desculpe, desculpe. Caro leitor consumidor, compre! Isso vai te trazer felicidade, amor, alegria de viver! Olha só, você pode ficar pobre, mas você vai ser o homem mais viril do mundo com esse carro. As mulheres não vão te deixar em paz usando esse desodorante. E o relógio? Com ele não há como ficar mais sofisticado! E você, mulher? Com esse absorvente os homens notarão que você está mais leve. Usando esse perfume você denota a sua personalidade! E esse sabonete? Tem como ser mais mulher sem esse sabonete? Claro que não. Sem a publicidade o mundo não teria esse glamour todo. Falta de ética? Absolutamente não! Apenas uma forma certeira de venda que atinge o maior número de pessoas em menor tempo, e tempo é dinheiro, vocês sabem.
Nós construimos a atmosfera perfeita, desejos ao ponto de serem objetivos de vida, criamos produtos e pessoas sem defeitos, associamos valores indispensáveis em artigos que (talvez) não façam tão bem a saúde. Olhando por esse lado parece tão maquiavélico, não acham? Chega a ser engraçado... Ainda há aqueles que culpam a publicidade pelo alto índice de assaltos atualmente no mundo, afinal nós, vilões do planeta, injetamos alta taxa de desejo nas pessoas. Poucas pessoas sabem, mas injetamos também (juntamente ao desejo) um pouco de falta de caráter pra incitar as pessoas ao roubo e ao homicídio. Sensacional, não? Mesmo porque quem criou os ladrões e marginais em todo o mundo foi a publicidade, sabiam? Todos vieram da EMIRC ou Escola de Marginais Instruidos a Roubar e.. Cachorro, e o slogan é: "venha você também!". Até porque que mal tem fazer parte da indústria criminosa se dá tanto dinheiro, né? Se a Publicidade, que é o capeta, também existe, por que não posso roubar?
Entretanto, isso é somente uma lente que se usam pra falar da publicidade. E o outro lado da moeda? Que tal fazer ver a publicidade como uma potência alternativa pra pra divulgação de produtos que facilitam a sua vida até hoje?, ou como responsável por levantar a economia de um país? A publicidade como um grande difusor de idéias e ideais? Como acelerador na circulação de dinheiro, o que leva a maior geração de emprego? A publicidade como a autora do estímulo ao progresso ou até como o essencial elemento que faz o jornal, a rádio ou a televisão existirem? Porque sim, enquanto você assiste Grey's Anatomy (ou CSI, ER, Scrubs, Coldcase, Lost, 24h, Dexter, Heroes, House, ou qualquer programa decente a sua escolha) quem você acha que sustenta financeiramente todo o processo de criação e montagem? Simples: a publicidade. É ela que te apresenta produtos que hoje você não vive sem e facilitam em 100% sua vida atualmente. É ela que te tira do tédio de um domingo na televisão e é ela que não te faz lavar roupa esfregando no tanque até hoje.
Sei que isso tudo soa muito manipulador. Mas nem tudo é lindo no mundo capitalista, de acordo? O objetivo é a venda, independentemente do meio. Se criamos desejos é porque vocês os tinham antes dentro de si, porém retraidos, reprimidos, e a publicidade os ajudaram a enxergar isso. Estamos aqui pra ajudar e não pra insinuar consumo exacerbado, diferentemente do que muitos pensam. Tá, mentira, pronto, falei. Ninguém aqui é santo. A publicidade é uma máfia, o padre da sua igreja come criancinhas, a sua mãe DÁ SIM pro seu pai, e o mundo não é perfeito. Mesmo esquema: consumam até morrerem. Se houver alguma herança pra ser gastada com nossos produtos, melhor ainda. Até no funeral a gente marca presença. Você morre, e continua consumindo. Consome caixão, flores, lembranças, espaço, túmulo, etc. Tudo pela estética perfeita que a própria publicidade constrói. Você morre, e a publicidade manda lembranças: diferentemente de você, ela sempre vai existir, seja você a favor ou não.
E você, acha que a publicidade é a mais nova vilã da modernidade depois da Nazaré Tedesco ou acredita que ela (a publicidade, óbvio) seja uma das responsáveis pelo avanço e o progresso do mundo contemporâneo?
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• Para os leitores ingênuos que não entenderam os negritos, leiam a sigla da Escola para formação de criminosos de trás pra frente. Faz sentido agora?
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Postado por Pedro Ascar às 19:07 15 humores foram limitados.
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www.@.com. Tem br no fim, filho?
Estava eu esses dias indo para a faculdade quando um assunto relacionado a isso começou no banco de trás do ônibus. Duas senhoras conversavam. Uma delas desabafou: "Maisi num é minina, minha neta, côusa mar linda, ia lá pra casa diiiirreeetoo, num saía di lá. Mar agora, cum cumputadô lá, ela chega e já vai direto prele, nem dá mar atenção pra genti. Nem sei u qui ela acha di bão lá. Fica a tarrrde tôôôda sentada lá. Esses jove di hoji nem armoça mar ca gente na mesa, vai tudo cus prato pru cumputadô..."
É certo que esse
Oi, sou foda?
Não briga comigo, filho... Papai não sabe o que é spam...
Papeis se inverteram: nos lares brasileiros os filhos estão quase botando os pais de castigo, quase os matriculando em cursos de informática (eles ainda existem?) para não ter que ficar ensinando seus progenitores que aquele tracinho que a gente usa no e-mail não é um tracinho, mas sim o underline, porque o tracinho na verdade é a mesma coisa que o sinal de menos.
E os filhos sabem que é um saco ter que sair do emeesseene porque o pai quer acessar as mensagens de e-mail da sua página da internet: "Filhão, acessa aí o e-mail do pai: dáblio, dáblio, dáblio ponto, paizao arroba, ponto bê erre..."
Minha mãe que é legal, ela ainda hoje se confunde toda com o ".br" e o bom uso do "@". Mas tá aí, no orkut, assim como meu pai, que não consegue usar aquela rodinha do mouse. Ele cantarola, descendo toda a página do seu orkut clicando e segurando na barra de rolagem. Acho que de tanto eu tentar ensiná-los as coisas básicas desse mundo moderno eles desistiram e me passaram tooodas as senhas de seus orkuts e e-mails. "Filhão, bota as foto do pai lá no meu orkut depois?"
Agora, o que eu acho mais dramático é ter que passar o antivírus depois. Ele encontra computador nos meus vírus [/reversal russa] e eu sei que meus pais não têm culpa de terem clicado naquela mensagem powerpoint bonitinha de bebês fofinhos e gatinhos sapecas antes de o computador desligar sozinho, misteriosamente. Pô, hackers? Por que vocês apelam para o sentimentalismo na hora de entrar no meu computador. Meu, é barra ver os olhinhos de medo dos meus pais quando eu explico que aquele e-mail que eles abriram tinha um vírus que apagou todas as fotos do computador. "Ai meu filho, desculpa... A mãe não sabia, ela ainda não entende dessas coisas, snif."
Vou para minha cidade natal ainda nesta semana. E terei que organizar o computador que meus pais compraram. Tou aqui na dúvida de como montar uma cartilha simples e eficiente do uso saudável da internet. Eles não me terão lá todos os dias. Vou ver se arrumo um bom antivírus, vou ver se deixo tudo escrito para eles saberem usar. Se bem que como o mundo tá tããão moderno, basta eu instalar o Skype lá que a qualquer momento estarei on line para solucionar os problemas que futuramente eles possam ter.
"Filho, a mãe esqueceu a senha do e-mail dela. Onde que eu ligo pra conseguir outra?"
E você? Ainda ensina seus pais a usar o computador?
P.S.1: Este post foi sugerido pelo nosso leitor (e meu amigo) Beto. Ou Alberto, ou Betim.
P.S.2: Eu sempre vou ter histórias para contar depois de descer de um ônibus aqui em Goiânia.
P.S.3: As frases entre aspas não são necessariamente reais. Algumas são fictícias sim, porque meus pais também já estão "antenados" há algum tempo nesse mundo cíberdigit@l.
Postado por Gabriel Rezende Mota às 00:43 21 humores foram limitados.
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Amizades Virtuais.
Postado por Guilherme Toscano às 02:16 15 humores foram limitados.
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As tão esperadas férias!
Ou não, no meu caso. Vamos, porém, falar delas, né? Começo de julho, todo mundo saindo de férias. Galerinha mini saindo no meio de junho depois da apresentação da festa junina, galera aborrecente do ginásio saindo por volta do dia 20, galera do ensino médio até dia 30 e nós, estudantes de universidades federais (sim, pois as particulares fazem parte da categoria "galerinha mini"), só dia 10 de julho. As diferenças são nítidas no último dia de aula. A galerinha mini sai e vai jogar uma partida de futebol até 18h, porque como é o último dia de aula a mãe deixa seu garotinho até mais tarde na escola. Já a galera aborrecente deixa o último dia de aula e vai pra casa de algum amiguinho jogar vídeo game e ver filme, algo que naquela época era algo SUPER DA HORA, coisa de mendigar "só mais meia-hora, mãããããe" quando ela liga pra ir buscar. O pessoal do ensino médio já é mais criterioso. Último dia de aula eles (com excessão do pessoal do 3° ano e do cursinho) bolam um super churrasco no último dia de aula porque afinal eles não fazem nada da vida além de vadiar. Na real eles fazem churrasco pra tudo. O 'último dia de aula' é apenas mais uma desculpa. Pessoal do 3° e cursinho dormem. Simples assim. Eles não fazem isso há o que? 6 meses? Ter 30 dias pra dormir é um tesouro vindo das mãos do senhor Jesus. E pra finalizar, os universitários. Pra quem não sabe, final de semestre é o caos, seja pra qual curso for. Mil trabalhos, seminários e provas com matérias enormes. Agora pensa tudo isso dividido em 5 a 7 matérias.
Após as distinções feitas, é válido lembrar que também há diferenças nas férias de todas essas categorias. A começar pela:
• Galerinha mini: São as férias mais longas e mais fáceis. Quando a família viaja, o menino viaja e feliz. Quando tá em casa chama o primo, o amiguinho da rua, o vizinho, o mendigo criança, seja quem for, pra brincar na casa dele. Quando não há ninguém, é só ligar no discovery kids que o sorriso já volta pra boca dele. Brinca, brinca, brinca e depois apaga no sofá, todo sujo. Super benéfico pra uma mãe que não tem paciencia com filhos: não o vê o dia inteiro, e quando chega já tá pronto pra dormir.
• Galera aborrecente: Acha que TV não é mais pra sua idade e reinvindica direitos: QUERO IR AO SHOPPING SÓ COM MEUS AMIGOS, MANHÊ! Ele se acha "O" foda quando tá no cinema só com seus amiguinhos ou quando anda pelo shopping sem ninguém falar pra onde ir. Tira foto na Tok Stok. Em todos os cômodos. E volta pra casa pra postar no fotolog dizendo "Dia perfeituh!". Esse é o ápice da liberdade pra eles.
• Galera do Ensino-Médio: Tem churrasco na terça, quinta, e domingo. Saca aqueles churrascos que a única coisa que não se encontra é carne? Então. Cada dia é na casa de um amigo diferente que tem a área da churrasqueira do prédio liberada. Nos outros dias, rola ir em churrasco dos outros. "Um amigo que tem um amigo, amigo do irmão do cunhado tá fazendo um churrasco hoje que vai ter bebida. Vamo?" Tipo isso.
• Galera do 3° ano e Cursinho: Dorme. E depois... dorme.
• Universitários: A maioria - pelo menos aqueles que, assim como eu, estão estagiando - não tem férias. E é meio... frustrante, porque você se lembra das suas férias vagabundas de quando você fazia parte da "Galera do ensino médio" e agora você não pode viajar ou sair dia-de-semana porque trabalha no dia seguinte. No começo é desesperador. Pensa até em se demitir e correr pro abraço, mas depois, quando bota a cabeça no travesseiro, percebe-se que é um investimento pro futuro. Pelo menos foi assim que minha mãe conseguiu me convencer. Pronto, falei.
Independentemente da faixa etária e da categoria na qual você se encontra, saiba que as férias, mesmo indo somente ao shopping ou trabalhando é um momento pra se divertir. Então aproveite, descanse, farreie, mas tudo com a dica do ministério da saúde: Fumar faz mal a saúde/Beba com moderação/
E você, faz parte de qual categoria de "férias"?
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• A temática "férias" foi sugerida pelo nosso leitor Henrique, vulgo Henriqueta, que cansado de morgar em suas férias tediosas
• A garota da foto sensacional com a cabeça dentro da mochila é a nossa grande amiga Marina Scarpa em plena aula de biologia quando estava no 3° ano. Hoje, no cursinho, tenta passar na USP.
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Postado por Pedro Ascar às 19:58 26 humores foram limitados.
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ÁÁÁÁÁUUUUUUUUU!!
Máicou Dhéqson!! Rârs... =D
Enfim. Contarei como fiquei sabendo da morte do tal Rei do Pop:
Estava eu e três amigas dentro do ônibus, voltando da faculdade e indo pra um Happy Hour [mas isso não interessa] quando recebo uma ligação. Produção, o diálogo, por favor: [/trote da Nadyne]
O telefone toca.
Gabriel: Oi?
Irmão do Gabriel: Cara, Michael Jackson morreu!
Gabriel: MORREU? AHAHAHAHAHAHAHA!
Pessoal do ônibus se assusta com minha frieza de rir falando que alguém morreu.
Gabriel: GENTE, MICHAEL JACKSON MORREU!!!!
Amigas do Gabriel: Como assim?
Gabriel: Ué, morreu. Parece que foi de parada cardíaca. Mas não confirmaram isso ainda.
Neste momento todo o ônibus presta atenção na conversa.
Amigas do Gabriel: Como assim? Não sabem como ele morreu?
Gabriel: Ah, deve ter sido de qualquer coisa, ele já devia estar todo podre por dentro mesmo!
Hoje tenho o orgulho de dizer que fui o porta-voz da morte do cantor para quem voltava do trabalho naquela quinta-feira! Passei a notícia em primeira mão porque, agora que eu também sou um jornalista, tenho que buscar sempre a eficiência de ser o primeiro a dar as notícias relevantes! [Nova sonoplastia, por favor]
Michael morreu e segundo alguns noticiários ele foi capaz, mesmo sem saber, de derrubar a internet. Coisa que nem o tal Bug do Milênio conseguiu. Ele foi foda até na morte! A repercussão em si não me irritou, claro. Porque tenho bom senso suficiente para saber da preciosidade que é para a mídia explorar esse acontecimento. Oi, sou um Comunicador Social? O que me irritou e ainda irrita até agora é esse bando de homenagem meia boca que a tevê tem feito. Já não bastassem os quatrilhões de sósias de Máiquel, temos que aguentá-los agora em todos os canais de televisão fazendo o tal Moonwalk e/ou dublando Thriller? A televisão tem respirado Jackson por toda a parte, desde William Waaaaaack tendo orgasmos múltiplos para pronunciar o nome do cantor em um inglês de invejar Joel Santana até o Superpop da Gimenes mostrando um homem dançando descalço em cima de pregos os sucessos de Michael, passando ainda por um Globo Repórter especial. Pô. Nem Dercy ganhou um GR especial...
Outra coisa que me irritou nisso tudo foi a falta de importância dada para a morte de uma outra celebridade de sucesso. Trata-se de Farrah Fawcet. A juventude internética talvez não saiba de quem se trata (até eu não liguei nome à pessoa no início) mas ela foi uma das Panteras na primeira versão da história que virou sucesso com Cameron Diaz e uma pontinha do Santoro. Farrah morreu de câncer e sofreu até os últimos dias de sua vida sem saber que seu filho estava preso e aceitando, deitada numa cama, o segundo pedido de casamento do seu marido. A história dela seria digna de ser contada pelo menos em um bloco inteiro daquele GR do Michael. Ela estava sendo perseguida pela mídia, que queria de qualquer forma registrar sua decadência ante ao câncer. Mais informações sobre ela, aqui.
Óun, tadinhoooooonnnhhh...
Voltando à pauta, afirmo que nunca fui fã de MJ. Era aquela coisa: "Ah, Michael Jackson? Ok. E daí?". Mas sabia o suficiente sobre sua vida conturbada desde o Jackson 5. E fiquei com pena dele depois de sua morte. Pensemos juntos: Um negro que foi praticamente obrigado a cantar pelo pai que o humilhava constantemente, cresceu deslumbrado com o sucesso, não queria ficar velho, ficou branco, mudou de rosto até se desfigurar, construiu uma mansão, uma Terra do Nunca, vivia como Peter Pan e foi por isso acusado de pedofilia, não mostrava o rosto dos filhos, tinha obssessão em protegê-los a qualquer custo da mesma mídia que importunou Farrah, foi preso, estava endividado [/pauta de Pograma da Máucia]... E quando ensaiava sua volta aos palcos com uma turnê que já era sucesso anunciado, morre. [cri] VÉI, COITADO! Ele deveria estar pilhadíssimo. Sim. Relevei todas as piadas que fiz e ouvi nesses últimos dias por entender - ou pelo menos imaginar - o sofrimento que ele passou. E isso já o faz um mártir. Não pelas suas músicas de sucesso, não por ser um dançarino fenomenal, muito menos por ser essa celebridade de tanto poder. Simplesmente pelo fato de ter aguentado tudo o que ele aguentou.