domingo, 29 de agosto de 2010

Ressaca física e moral

Já vou avisando: Amy é a mãe!

Oi gente. Serei direto hoje porque minha cabeça ainda dói. Dói muito. Tio Gabriel vai relatar momentos que ele nem sabe ao certo se de fato aconteceram mas que servirão pra alertá-los sobre o perigo da mistura explosiva estômago vazio + sol MUITO forte + cerveja de graça + funk.
Esse ser que vos escreve foi convidado para um churrasco com bebida liberada em uma mansão aqui em Goiânia. Eram 200 convidados, toooodos universitários. Já monta um filminho na cabeça aí pra mais essa mistura explosiva churrasco + mansão + universitários com abadá. Ok, o abadá era opcional. Ainda bem.
Fato é que eu sou chegado numas noias de não comer direito e fui pro evento sem almoçar. Peguei um sol infernal de mais ou menos 38° e já cheguei no local suando bicas. E aí somos levados à mistura explosiva de número 3: sol forte (mais uma vez) + suar em bicas + gente se espremendo. Deu uma hora de festa e eu já estava passando mal. Passando mal de verdade. Saí do meio do povo e fui pro acalanto de uma sala com ar condicionado porque né? Sem condições.
Foi aí que tudo começou. Estômago vazio + sol MUITO forte + cerveja de graça + funk + churrasco + mansão + universitários com abadá + sol forte (mais uma vez) + suar em bicas + gente se espremendo + Gabriel recuperado = Oi, posso voltar a beber. E aí engatei uma latinha atrás da outra. E conforme você vai engatando uma latinha atrás da outra nessa mistura explosiva, você vai perdendo o medo do perigo. Dança funk, dança sertanejo, grita, canta, faz amigos na fila do banheiro, enfim. Mas jovens, não se enganem. Tudo que é de graça e supostamente vai ser do caralho, tem seu lado ruim. No meu caso, isso começou quando eu me desequilibrei e caí sentado numa pedra no meio de todo mundo. Sim, eu já estava saboroso e levemente sensual.
Daí você encontra um frasco de shampoo no meio da festa. O que você faz?
A) aponta pro frasco, chama todo mundo, pega o frasco do chão e o usa como microfone.
B) aponta pro frasco, chama todo mundo, pega o frasco do chão e o usa como microfone.
C) aponta pro frasco, chama todo mundo, pega o frasco do chão e o usa como microfone.
Daí que chega num ponto em que você não sabe mais se vai buscar mais cerveja, se canta com o shampoo, se dança funk depravadamente ou se dá atenção pro seu celular que apita toda hora. Mas você sempre escolhe beber mais.
ISSO NÃO PODE, POVO.
Você chega em casa horas depois de sair da festa e não consegue nem tirar a roupa, dorme de calça mesmo e só com uma meia no pé. E no meu caso, acorda no outro dia super cedo porque seu organismo resolve se vingar do abuso da noite passada e te acorda às 8 da manhã. Sua cabeça dói, sua boca seca, seu quarto cheira a cerveja e parece que a gravidade aumentou e está numas de te empurrar pro chão.
Portanto jovens, quando seus pais ficam falando que não querem que vocês bebam (tanto assim), eles sabem o que estão falando. Tá certo que festa é bacana, cervejinha de vez em quando também. Mas não é legal se pegar tentando lembrar onde você foi e o que você fez assim que saiu do evento, só lembrando de chegar no seu quarto e desmaiar na sua cama.

Risos. lembra que Gabriel tem 22 anos e por isso pode se dar ao luxo de beber. Se tens menos de 18, não repita essa experiência em lugar algum.


UPDATE
Pra quem pediu, fotos do tal churrasco:
Eu, já levemente sensual lá pelas 16h.
O shampoo-microfone.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Livros e a Leitura

Eu sempre li muito. Muito provavelmente por influência da minha mãe que é literalmente uma devoradora de livros. Daquelas que sofrem de insônia e leem 10 livros imensos por mês e gasta em livros todo o dinheiro que poderia estar financiando o tráfico de armas da minha cidade. Assim eu fiz aquele caminho clássico de histórias em quadrinhos infantis; livros infantis; histórias em quadrinhos djovens; livros djovens; livros adultos. Com a prática, também aprendi a ler numa velocidade um pouco acima do normal, infelizmente perdendo alguns detalhes no caminho, mas pegando a idéia geral.
Ouço muito falar que a juventude não lê. Uma das maiores crítica ao RisosPonto quando começamos é que nossos textos eram longos demais e que ninguém leria, mas nós batemos nosso pé, nós acreditamos que você, leitor, era capaz de ler um texto de 7 parágrafos. Os jovens não leem menos, acredito até que ele lê muito mais do que um adolescente de 25 anos atrás. Veja os milhares de Crepúsculos vendidos, preste atenção na tiragem da Capricho e na audiência de blogs sentimentais espalhados pela interweb, pense nos mil tweets que o pessoal recebe por dia. As pessoas tem o costume de ler, o problema é que com a internet, a modernização, a tv, a vida e essas outras coisas futuristas, elas começaram a ter opção de ler e, adivinha? Elas começaram a ler só o que queriam! Não mais ler Grande Sertão Veredas, não mais ler O Processo de Kafka!
O que é importante agora é como tudo está escrito. Autores como Stephenie Meyer ou J. K. Rowling tiveram a manha pra escrever seus respectivos livros. São livros de fácil leitura e que prende a atenção do leitor, mesmo que esteja falando sobre um bruxo loser ou um vampiro virgem e por isso vendem milhares de livros, vendem os direitos para o cinema e para fazer bonequinhos da franquia. Elas cativaram seus leitores e não foi pelo conteúdo.
Nunca me dei bem com textos acadêmicos. Raro os textos interessantes o suficiente para prender minha atenção, a grande maioria é só eu pegar que começo a bocejar sem parar. A linguagem técnica utilizada pode parecer muito bonita para o pessoal da banca de mestrado, mas eu imagino que com um pouquinho de esforço toda a informação poderia ser passada de forma mais didática sem perda de conteúdo.
Não defendo a idiotização do mundo, apenas questiono se escrevendo de forma mais clara não seria mais eficaz para aumentar o acesso que as pessoas tem ao conteúdo. Vontade de ler existe e muita, agora é nos esforçarmos para converter os milhões de leitores de Crepúsculo em pessoas com conteúdo. Nós do Risosponto estamos tentando fazer nossa parte.

sábado, 21 de agosto de 2010

VP #5: Pedro Carvalho fala sobre Dentistas



Nota: Como não podia conversar e ainda gravou o vídeo falando por 13 minutos (tamanho original), sua cara está 200% mais inchada que a mostrada no vídeo. Pedro Carvalho deseja que todos, no mundo, tomem no cu.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Adultos, mitos e verdades de ser um.

Bem, vocês já me conhecem e sabem que eu não entendo muito bem as modinhas dessa nova juventude. Mas relaxem, o que tenho pra escrever hoje se encaixa mais em uma dica, uma reflexão. Uma reflexão pra todos os jovens que ficam reclamando liberdade e privacidade para seus pais.
Sabe aquela idade onde você odeia seu pai porque ele quer saber com quem você anda saindo? Sabe quando você não quer nem ver sua mãe porque ela fica falando toda hora que não vai te deixar em paz até você parar de querer desafiá-la? Aí você xinga até a terceira geração da sua família, se tranca no quarto e entra na internet pra desabafar pro seu amigo. "Pô, meus pais são muito chatos, não aguento mais eles no meu pé o dia todo".
Pois bem, vamos por partes. Eu, como o mais velho desse blog, cujo pé está quase dentro da fase adulta, resolvi compartilhar com vocês os desdobramentos desse momento que, convenhamos, todos nós passamos.
Olha, sei bem como é ficar irritado porque o mundo te trata como adolescente mas, oi! Vocês são adolescentes, jovens no máximo. Apesar de dizerem ter uma idade certa pra cada fase, pra mim é adolescente quem nem chegou aos 15 ainda, e jovem os que têm média de uns 20 anos, até porque uns crescem mais rápido que os outros. E nem estou falando de crescimento físico, ok?
"Quando crescer, quero brincar em teclas gigantes de piano"
Vocês ficam aí, querendo ser adultos logo para poderem fazer tudo aquilo que julgam ser "legal", "maneiro", "dahora". Vem comigo, vocês têm essa pressa toda pra quê? Sabe, vai brincar na rua, vai jogar videogame, vai ver Crepúsculo no cinema, sai pra baladinhas, paquera, sei lá. MAS FAÇAM O QUE ADOLESCENTES E JOVENS TÊM QUE FAZER, PÉLAMOR. Esqueçam um pouco essa onda de "quero ser grande". Vocês vão sentir falta disso quando chegarem de fato a ser um.
Vocês acham que é divertido ter vinte e dois anos? Sim, é. E cá estou eu, quase terminando a faculdade, morando fora, tendo que lidar com contas, dinheiros que não mais significam farra, estudos, busca de estágio... Não tem nada diferente em ser adulto. Você só se torna uma pessoa com mais obrigações e responsabilidade. Coisas que vocês não aguentariam lidar com esses quinze anos nas costas sem reclamar dois dias depois que tudo está chato demais.
Daí você vê que sua adolescência passou e você nem sentiu. Passa a ter saudade da turma do colégio, visita aqueles amigos antigos, uns estão fora e voltam pra te dar oi, outros já viraram pais. E quando você descobre que um dos seus amigos já tem filho pra cuidar, meio que a ficha cai e você vê que não está mais no mesmo lugar de antes.
Ser adulto é quando suas preocupações deixam de ser MTV, internet como entretenimento e bandas coloridas de sucesso e passam a ser jornais, notícias, internet como trabalho (no meu caso) e um futuro bem próximo para ser administrado.
Daí se a responsabilidade ainda não havia batido na sua cabeça, ela bate. Você não é o mesmo, você se preocupa mais com o seu bem-estar do que com os seus amigos. Aliás, você nem terá tanto tempo mais pra eles, porque eles cresceram também e compartilham com as mesmas individualidades e liberdades que você.
Você cresce e vê que essa tal liberdade nada mais é do que a obrigação de provar que você é alguém, que cresceu e não quer ser um fracassado e pra isso precisa lutar. Muito. Resolver problemas que nunca havia pensado resolver. Vejam meu caso, em 2008 me mudei pra Goiânia, sozinho, sem ninguém por perto. Dias atrás meu pai confessou que ficou com o coração muito apertado quando saí pela primeira vez para ir à Faculdade de ônibus. Eles estavam saindo de Goiânia depois de me ajudarem na minha instalação aqui e me contou depois que via o medo nos meus olhos, meu nervosismo, coisa que ele nunca tinha visto em mim. De fato, eu morria de medo de pegar ônibus errado, perder aula, ir parar lá do outro lado da cidade, em um terminal de ônibus com gente feia e estranha. No primeiro mês o fio da rede elétrica estourou. A imobiliária tirou o corpo fora e tive que correr atrás de conserto.Coisa que antes era seu pai que fazia. Eu já fui parar do outro lado da cidade por pegar ônibus errado, à noite. E enquanto você nesse caso ligaria para sua mãe ir te buscar de carro eu parei, sentei, perguntei e voltei sozinho, sem medo algum.
"Oi, çol ezecutivo!" :)
São pequenas coisas que aos poucos vão te transformando naquilo que eles definem como "conhecedor do mundo", são atos e momentos que te colocam sozinho para resolver coisas que você tem que resolver. Sozinho. E você vê que essa coisa de adulto não tem nada de beleza, é uma fase qualquer.
Portanto, jovens, vivam essa idade que vocês têm, não tentem adiantar a vida porque mais cedo ou mais tarde ela vai chegar. E no momento certo você perceberá isso. Então, das duas, uma: ou você vai reclamar que não viveu bem a adolescência ou vai simplesmente abraçar a fase adulta e esquecer que um dia quis envelhecer mais rápido.

Só pra constar, ser gente grande cheio de responsabilidades é ótimo mesmo, só não é tudo isso que vocês esperam. Não pensem que vão parar no meio da rua aos 30 anos, levantar os braços pro céu e dizer "era tudo o que eu queria quinze anos atrás!!"

domingo, 15 de agosto de 2010

Bullying.

Todo mundo já sofreu quando era criança. Seja dos primos mais velhos, dos colegas de escola ou da turma do futebol. Todo mundo algum dia já foi descriminado, deixado por último no time de futebol ou zombado por alguma besteira que falou sem querer ou por alguma dúvida que tinha. Se você era magro demais ou gordo demais, não conseguia escrever "buchecha" rápido no teclado ou não sabia fazer a manha de dinheiro no The Sims. Ninguém é perfeito e sempre que houver algum defeito haverá alguém pra ressaltar esse defeito, seja falando para os outros, para você ou te agredindo fisicamente por causa disso.
O Bullying, segundo o pai de todos os burros internautas, consiste em atos em que um sujeito (ou um grupo) em uma situação "de poder" abusa, zoa, bate, ignora ou falta com respeito a um indivíduo "mais fraco". É, é exatamente isso que você sofreu sua infância inteira (e talvez até praticou). Como você vivenciou e deve imaginar, muita criança pelo mundo sofre na mão de outras pessoas por inúmeros motivos e é pra isso que a Liga das Donas de Casa (encabeçadas pelo Serginho Groissman) resolveu se rebelar (tô de brinks, o movimento anti-bullying já tem alguns anos nos Estados Unidos). Alguns casos extremos de pessoas que sofreram bullying resultaram em fobia social, pessoas extremamente inseguras e até suicídios e é isso que as pessoas resolveram combater.

Estamos caminhando para um mundo cada vez mais despreparado para si. Os pais não podem repreender seus filhos e o convívio na escola é pasteurizado. A criança é privada de todos os tipos de decepções e agruras. Não se pode mais reprovar alunos, independente de suas notas. Não se anda mais descalço e não se come mais porcaria. Até quando chega a vida adulta, e no primeiro esporro que o sujeito leva de seu chefe, ele chora. A mãe não está lá pra ele. E cadê a Liga das Donas de Casa pra proteger quando alguém der uma fechada no trânsito e, mesmo estando errado, ir caçar briga com você? O Serginho Groissman não vai estar lá quando sua namorada te largar por alguém mais rico e mais bonito. Sofrer faz parte da vida, e se você não estiver preparado, seu mundo vai ruir ao primeiro impacto que levar.
Não vim aqui para defender o bullying, só não concordo com seu banimento, como pregam as freiras dos colégios religiosos. Quando eu era mais novo, uma criança gorda e sem nenhuma habilidade fora do comum, com poucos amigos e frequentemente zoado por todos os lados, aquilo tudo era uma merda, mas hoje eu tenho maturidade o suficiente para compreender que aquilo também fez parte do meu aprendizado. Quem eu seria hoje caso não tivesse aprendido a reagir? A gostar mais de mim? A confiar e ser confiável para quem estava na mesma posição que a minha? Quem eu seria hoje caso, em vez de me maltratarem, todos me mimassem e bajulassem? Hoje falo com certeza que o bullying foi um dos formadores do meu caráter.
Repito: NÃO ESTOU FALANDO QUE VOCÊ TEM QUE BATER NO SEU AMIGO GORDINHO. Estou falando que, amigo gordinho, você é melhor que isso tudo. Se levante, não deixem que falem mal de você. Fale mal de volta. Se você não consegue entrar em um grupo, monte seu próprio grupo e o faça melhor do que o deles. Pegue o que você tem de melhor (mesmo que seja seu Paladino nível 73) e considere que isso é que é ser bom. Não deixe que ninguém te diga o contrário. Denuncie o valentão da escola para a Polícia, fale que ele está vendendo crack para prostitutas e dando o cu por dinheiro. E, mães preocupadas, protejam sim seus filhos das drogas, das brigas e da AIDS, mas deixem eles viverem um pouco mais. Colocá-los dentro de uma bolha contra o mundo só vai fazer o choque ser maior na hora de sair da bolha.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Carência

2010 chegou junto com milhões de coisas que dinamizaram milhões de processos, trazendo tecnologias e um monte daqueles blá-blá-blás da globalização. Com a ajuda desses apetrechos, humanos ficaram apegados a coisas materiais que os entretinham melhor, então o bate-papo e a internet foram ferramentas que ocuparam o lugar de seus próprios amigos. Até a famosa boneca inflável e o antigo vibrador perderam ênfase num mundo em que o sexo pela webcam é mais interessante. Aprendemos na ensino médio que "frieza" e "perda de identidade" seriam temas com alta probabilidade de cair no vestibular. Focamos nisso e estamos cientes que caminhamos justamente nessa direção. Tudo com um grande "q" sobre o futuro: isso tudo é realmente uma merda quanto falam ou não?

Hoje tudo chegou a um nível de estranhamento tão grande que qualquer coisa é motivo pra matar sua mulher, pra atirar nos seus coleguinhas de faculdade ou até pra tirar a roupa nas twitcams da vida. O mundo voltou-se pra sua própria vida. Pro profissionalismo. Pro iPhone. Pro iMac. Tá tudo errado. E é por causa desse isolamento, que chegamos na palavra em que o mundo carece: atenção. A busca de atenção tá sendo a maior atividade da maioria. E a preocupação está pra ter mais amigos virtuais. Pra ter mais followers. Mais fama. Pra twittar a piada primeiro. Pra ter mais retwitt. Pra se gabar com os milhões de amigos no orkut ou os estrangeiros no facebook. É normal essa necessidade. Fazer um moicano, pintar a cara e criar um movimento. Mudar a religião pro satanismo e se disseminar isso. Botar uma calça laranja pra formar uma banda "diferente". É tudo carência.

E o pior, hoje já é normal esperar que alguém protagonize um Tiros em Columbine na sua faculdade. É normal o gordo e o estranho se contentarem com a situação e se auto-isolarem. É normal opção sexual virar "rótulo sexual", e ter que ter um estilo de roupa, um penteado em especial, um comportamento ridículo. É normal comprar um rayban com armação preta, uma camisa xadrez, quadrinhos; se intitular nerd e ter orgulho disso. É normal alguém manter pose e criar um personagem pra atingir outras pessoas. E o pior, hoje é normal um aplicativo virtual te SUGERIR amigos. É normal e você sabe por que? Porque "são coisas que acontecem".

Bem... se são coisas que acontecem normalmente, eu não sei. São coisas que acontecem HOJE. Mas que no meu mundo eu prefiro ignorar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais.

É graças à ele que você veio pra esse mundão errado. Mais que um dia pra vender barbeadores, cintos, cuecas ou camisas pólo, o Dia dos Pais sempre aparece de surpresa no segundo domingo de agosto. Aliás, porque esse povo escolhe um domingo pra comemorar datas assim? Por que comemorações em domingo sempre significam almoços em família onde todo mundo aparece pra comer e falar da vida alheia? Ninguém comenta por exemplo que é dia dos pais ou monta uma roda pra trocar experiências de educação dos filhos...

Mas vamos falar de coisa boa, tá, gente? Eu queria fazer um post homenageando meu pai (que de tabela homenagearia todos os pais do universo) mas aí pensei bem. Se eu mostrasse a postagem pra ele, ele iria ler e se perguntar de onde eu aprendi a escrever tanta merda. Daí pensei em dar um presente, mas eu não tenho dinheiro nem pra mim! E acho sacanagem pedir dinheiro pro pai pra comprar um presente pra ele. Eu podia mandar aquelas tele mensagens, sabe? Deve custar uns três reais e me pouparia de falar todos aqueles clichês. Ainda por cima teria aquelas músicas antigas e emocionadas de fundo, né? Se eu ligar pro meu pai, botar um Fábio Júnior de trilha sonora e falar que ele é muito importante pra mim, ele vai falar que me ama mas na cabeça dele estarão saltitando um monte de WTF piscantes e coloridos. Se eu pudesse, daria aqueles Kit Pesca, com um monte de coisinhas, linhas, pesinhos, peninhas coloridas e peixes de plástico, ou alguma coisa pra ele usar no carro. Mas seria algo incomum porque meu pai deve ser frustrado, já que nunca conseguiu me fazer gostar de pesca ou porque sempre perdia paciência quando tentava me ensinar a dirigir.
Logo o MEU pai, que fez de tudo por mim, inclusive ter que aguentar minhas apresentações de dança no ensino fundamental, aquelas em que a professora obriga a sala toda a se vestir de caubói e dançar algum tema Cowntry de novela da Globo como se isso fosse a coisa mais bonita que um pai pode ver o filho fazer. Logo meu pai, que teve que inventar uma desculpa bem convincente pra explicar o sumiço daquele porta retrato brega que você fez com prendedores de roupas pintado pra entregar junto com sua dança de caubói...
"Ih, filhão, a empregada deve ter jogado fora sem querer. Papai vai demiti-la. Isso é inadmissível."

Acho que o melhor presente é pregar um susto no meu pai. Se eu chegar falando que sou gay e que vou entrar no BBB? Uh, não. Fazer meu pai chorar não é legal. Se é pra fazer pegadinha, acho que vou chegar de surpresa cantando o jingle do guaraná Dolly, aquele em que a gente diz que papai é amor, é o exemplo da vida e oferece um Dolly com toda a emoção. Pegadinha dos sonhos:

- Pai, esse ano nem pude estar aí com você mas ano que vem prometo que passaremos essa data juntos!
- Cê vai voltar pra cá, filhão?
- Não, eu vou ser pai também! =P

Eu nunca me saí bem em datas comemorativas, não sou de demonstrar emoções. Mas tenho que mudar isso e dar um presente que nem ele e nem eu iremos esquecer. Ninguém falou em tatuagem aqui. Mas vamos ser racionais: se eu der um presente inesquecível esse ano, o que darei ano que vem?? Céus?!
Ok, presentes estão fora de cogitação... Palavras clichês, nem pensar. Meu pai já sabe que eu o amo muito e que desejo felicidades e agradeço por ele ter me feito ser quem eu sou. Meu pai merece mais, já que eu faço Publicidade e por isso "devo ser muito criativo"...
Espera aí, tou pensando aqui em palavras simples que expliquem o que sinto e ilustram a gratidão pela educação que ele me deu. Encontrei as plavras perfeitas para falar ao meu querido paizão:

Pai, sabe aquelas bandas que estão na moda? Restart, Hori? Sabe aqueles meninos que fazem chapinha, usam óculos coloridos que não combinam com as camisetas gola "V" coloridas, que não combinam com as calças com cor de marca-textos, que não combinam com os tênis de neon e que ainda por cima cantam mal pra caralho? Pois é, pai. Obrigado por ter me educado direito para que quando eu crescesse, eu não fosse assim!

Feliz dia dos Pais!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As Vantagens e Desvantagens de Morar Sozinho

Gosto muito de Goiânia, tem um pessoal bacana e bonito, lugares legais pra ir, tudo perto, apesar do clima meio seco e quente, é um ótimo lugar pra se morar. Também curto muito meus pais, que me ensinaram muito bem o que eu tinha que aprender e sempre me deram algumas liberdades e tomadas de decisões que poucos pais tem coragem de dar a seus filhos. Apesar disso tudo que eu disse, tem uma coisa que faria tudo isso melhorar: morar sozinho.
Desde que meu irmão se mudou pra Belo Horizonte (nossa terra natal), moramos eu, mamãe e papai aqui em Goiânia Rock City. E com toda a minha família residindo também nas Minas Gerais, vez por outra meus pais também dão uma passada por lá, proporcionando a este que vos fala uma Experiência SMS (Semi-Morar-Sozinho). Esses dias em que sou obrigado a lavar, cozinhar e me banhar sem a ajuda de meus progenitores, me dá uma boa noção de como funcionaria as coisas caso eu saísse de casa amanhã, por exemplo. E é sobre os prós e contras notados nesta minha breve experiência (que acaba amanhã, quando meu pai chegar de viagem) que falarei neste texto.
A principal coisa a ser comentada é, também, a mais cobiçada: a LIBERDADE. Sem pais para te perguntar aonde você está indo, que horas você volta, com quem vai e porquê vai. Você pode andar pelado. Você dorme na hora que quiser e acorda na hora que quiser. Almoçar pão de queijo as 17 horas. Andar pelado. Jogar videogame o dia inteiro. Festas sediadas na sua casa, com todas as más companhias que seus pais reprovariam. Andar pelado. Sobreviver 10 dias a base de bisnaguinhas e Coca-Cola. Correr pelado na esteira. Dormir pelado na cama de casal de seus pais. Dormir no sofá. Dormir no tapete. Dormir no chão. Dormir no banheiro. E, pra finalizar, aquilo que é o maior motivo de jovens saindo da casa de seus pais, poder andar pelado.
Nesse momento terei que impedir você, leitor do Risosponto que já está fazendo suas malas para sair de casa e ir morar numa kitnet minúscula no centro da cidade, porque as coisas não são tão boas quanto pareceu neste parágrafo anterior. Essa vida de libertinagem e andança sem roupa tinha que ter um preço. Se você não mora mais com seus pais, provavelmente eles também deixarão de pagar suas contas, meu amigo. Ou, mesmo se eles te derem uma ajuda financeira, você ainda vai ter que economizar pra caralho pra poder se manter. E, broder, não tem ninguém pagando empregada também. Você vai ter que limpar a casa, passar paninho úmido, tirar poeira, lavar vasilha, lavar roupa, passar roupa, cozinhar, fazer compras. Sabe a festa que você ia dar e chamar a galera? Pois é, você vai ter que limpar a bagunça depois, incluindo o lençol, porque o Renatão vomitou em cima da sua cama. Mas veja pelo lado bom, você poderá fazer isso tudo PELADO!
Minha Experiência SMS acaba agora, nessa madrugada, pois quando eu acordar amanhã meu pai já estará de volta, o que, de certa forma, será um alívio. A casa está imunda (meu pé fica preto se eu andar descalço), tem um cheiro de comida podre na cozinha que eu não consigo identificar de jeito nenhum de onde vem, meu chuveiro pinga sem parar (e eu juro que já fechei todos os registros do banheiro), a pilha de roupa para passar já não cabe mais no armário e, bom, é sempre bom estar com seus pais de vez em quando, né?
E você? Não aguenta mais morar com seus pais? Mora sozinho? O que você acha disso tudo?


PS. Nesses últimos dias, tivemos algumas novidades muito legais que talvez possam ter passado desapercebidas e que valem a pena ser comentadas:
- Reorganizamos aquela coluna da direita ali para que vocês possam se localizar melhor aqui no site e adicionamos um gadget para nossos textos mais comentados para você poder conferir quais foram nossos textos mais polêmicos.
- Falando nisso, você também pode nos seguir ali no Google Friend Connect, com sua conta do blogger, facebook ou twitter. Tá esperando o quê?
- E a principal novidade é que, depois de quase um ano e meio de blog, nós conseguimos fazer nossa primeira amizade/parceria. Também ali na coluna da direita, você vai encontrar o banner das meninas do TPMSemanal. Não que nós sejamos anti-sociais ou que ninguém goste da gente mas é que, quando conhecemos o blog delas, a identificação foi imediata. A proposta delas é bem parecida com a nossa (assim como nossas ambições) e por isso achamos que elas seriam ótimas como nossas primeiras parceiras. Visitem elas sempre que possível para conferir seus textos e seus vídeos!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Risos. Analisa: Calypso!

E onze meses depois, temos mais um vídeo do Risos. Analisa para vocês.
Como estávamos em débito, já fomos logo analisar Calypso, que é uma forma bem excêntrica e surreal de pedir desculpa por toda essa espera.
Curtam, favoritem, passem, repassem (paguem NOT)... Mostre até pra sua avó que não entende nada de internet! E comentem, claro.
Bom divertimento!!

Ah, e mais uma coisa: nada contra quem já foi em show ou é fã do Calypso. Inclusive, um graaaande beijo e um abraço apertado para a nossa leitora Tamara, a que encontrou os meninos desta incrível análise no show do Coldplay em SP e confessou durante um ataque de nervosismo por conhecê-los que já curtiu muuuito Calypso por aí.
Desculpa, Tamara, mas tínhamos que falar isso, hahaha!! =]