Festa Junina, meu pôv!
Quem é goiano sabe. Vá lá... Mineiro também. E o pessoal do nordeste em peso (um abraço pra tooodos nossos queridos leitores cangaceiros)... Enfim, essa galerinha esperta sabe que junho é o mês do milho. Tem milho pra tudo quanto é lado. Tudo por conta das tradicionalescas Festas Juninas. Sério, não entendo como isso é tradição. O que pular ponte, fazer cavalinho ou brincar de roda gigante onde homens e mulheres enroscam seus braços numa grande roda ao som de músicas folclóricas sob bandeirolas multicoloridas tem a ver com São João, Santo Antônio e o pessoal do "Em Nome Do Amor" do céu?
Uma coisa é a questão religiosa, aquilo de Querrrrmesse, que toda cidade do interior tem. Nas Querrrrmesse as famíliasconservadoras todas se divertem em paz, crianças brincam felizes, se lambuzam com guloseimas e vão ao dentista dois meses depois repletas de dentes em suas cáries.
[sonoplastia, por favor]
Mas a festa é boa até aí. Meu. Que graça tem em sair de casa no frio do inverno goiano (no meu caso), que é um frio seco que despela até sua alma, pra comer bolo de fubá, milho cozido, pamonha, curau, canjica, pipoca, paçoca e pé-de-moleque? Quem as pessoas tentam enganar tomando quentão? Todos sabem que o frio do inverno goiano (que é um frio seco que despela até sua alma) não passa dos 10° e o quentão só entra aqui porque a galera quer Europetizar [/palavra nova via Reforma Ortográfica, NÃO] uma festa caipira?
Não sei, mas na minha infância eu era obrigado a me juntar com meus parentes e meus adorados primos na fazenda de algum desconhecido para ficar 7 horas rezando ao redor de uma grande árvore com "brindes" pendurados em seus galhos envolta em uma fogueira até que o fogo a derrubasse e a primaiada catarrenta avançasse para pegar bombons Fofão e se achar os fodões por isso. Eu era obrigado a buscar curau praquela tia gorda que se sentava numa cadeira dobrável de bar e não conseguia se levantar. Eu era obrigado a me fingir de criança legal enquanto o que eu preferiria era ficar em casa assistindo tevê a ter que fingir que gostava de brincar de pique-esconde à noite no meio do mato.
Mas isso não é nada comparado à infância no colégio. Todo ano a mamãe caprichava na beca invocada pro filhão atender às expectativas da prenda mirim que dançaria quadrilha na escola com ele. Uhul... Eu adoraaaava isso, sério mesmo. Mas eu gostava porque era a única época do ano que eu tinha barba. Rârs!
[sonoplastia de novo, por favor]
Eu achava o máximo tirar fotos com minha parceira ao lado de algum coqueiro ou fogueira feita com papel laminado e lâmpadas. Eu me sentia um grande homem por usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso. Eu tinha aquilo como idealização de virilidade masculina. Pff...
Mas aí a gente cresce e vê que quadrilha é aquilo que pessoas más fazem para roubar dinheiro do banco. E se sente enganado por ter passado anos acreditando que usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso era "A" idealização de virilidade masculina.
Despedida em grande estilo.
Foi aí que eu tive a grande ideia da minha vida mundana enquanto aluno que se despedia da escola no seu glorioso terceiro ano do ensino médio. No meu colégio a quadrilha era obrigada até a antiga 5ª série (hoje, 6º ano do fundamental. Meu Deus, como estou ficando velho...) e depois disso dançava quem quisesse. Desculpe o charme, mas eu sempre era chamado pra dançar. E sempre recusava. Porque eu não ia achar a mulher da minha vida dançando quadrilha e com dente pintado de preto. Mas chegou o ensino médio. Veio o 1º ano, depois o 2º... No terceiro decidi chutar o pau da barracado beijo! "Vou me despedir da escola dançando quadrilha!!!!'11!Um." Foi isso que fiz. Aula de manhã, estudos à tarde e ensaios pra quadrilha à noite. E aquilo era tão bom!!! Talvez porque eu não via mais a quadrilha com meus olhos de criança, que achava que usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso era "A" idealização de virilidade masculina... Agora era tudo pelo simples fato de despedida dos colegas, que eu vi crescer enquanto se fantasiavam de caipiras a cada mês de junho [chora de saudade].
E foi legal, olha só eu com a minha parceira final aqui e eu com a galiera animada aqui. Depois da noite na "roça" todo mundo se juntou e foi curtir a noite na casa da minha parceira de dança [cof, cof]. Muita gente bonita, fantasiada e de bem com a vida no maior estilo Malhação. Me despedi da cultura de uma forma simpática e indolor. E deixei para trás meus preconceitos em relação a tudo isso.
Mas não me peça pra dançar quandrilha de novo, por favor, porque aí já é pedir demais.
E você? Dançava ou ainda dança quadrilha? Tem algo curioso para contar sobre essa sublime manifestação folclórica? Clique aqui e responda direto nos comentários!
Uma coisa é a questão religiosa, aquilo de Querrrrmesse, que toda cidade do interior tem. Nas Querrrrmesse as famílias
[sonoplastia, por favor]
Mas a festa é boa até aí. Meu. Que graça tem em sair de casa no frio do inverno goiano (no meu caso), que é um frio seco que despela até sua alma, pra comer bolo de fubá, milho cozido, pamonha, curau, canjica, pipoca, paçoca e pé-de-moleque? Quem as pessoas tentam enganar tomando quentão? Todos sabem que o frio do inverno goiano (que é um frio seco que despela até sua alma) não passa dos 10° e o quentão só entra aqui porque a galera quer Europetizar [/palavra nova via Reforma Ortográfica, NÃO] uma festa caipira?
Não sei, mas na minha infância eu era obrigado a me juntar com meus parentes e meus adorados primos na fazenda de algum desconhecido para ficar 7 horas rezando ao redor de uma grande árvore com "brindes" pendurados em seus galhos envolta em uma fogueira até que o fogo a derrubasse e a primaiada catarrenta avançasse para pegar bombons Fofão e se achar os fodões por isso. Eu era obrigado a buscar curau praquela tia gorda que se sentava numa cadeira dobrável de bar e não conseguia se levantar. Eu era obrigado a me fingir de criança legal enquanto o que eu preferiria era ficar em casa assistindo tevê a ter que fingir que gostava de brincar de pique-esconde à noite no meio do mato.
Mas isso não é nada comparado à infância no colégio. Todo ano a mamãe caprichava na beca invocada pro filhão atender às expectativas da prenda mirim que dançaria quadrilha na escola com ele. Uhul... Eu adoraaaava isso, sério mesmo. Mas eu gostava porque era a única época do ano que eu tinha barba. Rârs!
[sonoplastia de novo, por favor]
Eu achava o máximo tirar fotos com minha parceira ao lado de algum coqueiro ou fogueira feita com papel laminado e lâmpadas. Eu me sentia um grande homem por usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso. Eu tinha aquilo como idealização de virilidade masculina. Pff...
Mas aí a gente cresce e vê que quadrilha é aquilo que pessoas más fazem para roubar dinheiro do banco. E se sente enganado por ter passado anos acreditando que usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso era "A" idealização de virilidade masculina.
Despedida em grande estilo.
Foi aí que eu tive a grande ideia da minha vida mundana enquanto aluno que se despedia da escola no seu glorioso terceiro ano do ensino médio. No meu colégio a quadrilha era obrigada até a antiga 5ª série (hoje, 6º ano do fundamental. Meu Deus, como estou ficando velho...) e depois disso dançava quem quisesse. Desculpe o charme, mas eu sempre era chamado pra dançar. E sempre recusava. Porque eu não ia achar a mulher da minha vida dançando quadrilha e com dente pintado de preto. Mas chegou o ensino médio. Veio o 1º ano, depois o 2º... No terceiro decidi chutar o pau da barraca
E foi legal, olha só eu com a minha parceira final aqui e eu com a galiera animada aqui. Depois da noite na "roça" todo mundo se juntou e foi curtir a noite na casa da minha parceira de dança [cof, cof]. Muita gente bonita, fantasiada e de bem com a vida no maior estilo Malhação. Me despedi da cultura de uma forma simpática e indolor. E deixei para trás meus preconceitos em relação a tudo isso.
Mas não me peça pra dançar quandrilha de novo, por favor, porque aí já é pedir demais.
E você? Dançava ou ainda dança quadrilha? Tem algo curioso para contar sobre essa sublime manifestação folclórica? Clique aqui e responda direto nos comentários!
13 Comentários:
Velho, quentão pra mim é o fim. Pipoca, pamonha, curau. Não encaro nem fudendo. Curto mesmo é um cachorro quente. =D
Agora, cá entre nós, eu me divirto horrores dançando quadrilha. =D
o engraçado é que em manaus (onde eu moro) a dança principal nas escolas, não é a quadrilha, e sim um monte de dançar estrangeiras onde cada sala é obrigada a dançar uma. Só pra entender o absurd, eles ainda insistem em chamar aquilo de festa junina, mesmo quando as meninas dançam a dança do ventre. Oo.
Eu não gosto de festa junina. A música é INSUPORTÁVEL, eu não aguento aquele "tchan ran ran ran ran ran ran ran ran tchan ran ran ran ran ran ran ran ran..." AAAAAAAAAAH. Comida de festa junina é porca. Quentão, amendoim, pamonha, caldo, milho, pipoca, tudo coisa ruim. A galera em festa junina fica tudo mais feia. PRA QUE UMA FESTA ASSIM, MINHA GENTE?
eu adoro festa junina. Mas nem curto dançar, só dancei no Jardim 2 e agora no Terceiro por causa da despedida. E que parceira bonita a sua, hein, Gabo?
Ahh.. Gabri! Foi muito divertido nossa despedida da festa junina. Foi um ano de deixar muita saudade.
Mas o bom da festa junina, são as comidas. Vai me dizer que aquele monte de comida gostosa (de milho) e as músicas sertanejas de dançar, não te atraem..
hahaha..
Bjos!
OOEOWEOWEO, meeow, festa junina é o fim! neem sei como eu fui capaz de dançar ano passado! só Deus sabe o arrependimento que eu senti ao ver aquelas malditas fotos que eu aparecia T_T no orkut dos outros, é foda! serio, festa junina só em casa mesmo, com um boom filme e um lêitqentíi pra me aquecer em pleno inverno goiano (que é um frio seco que despela até sua alma OEWIOEWI)!!!!!
bjó pro Gabriel que ée muito lindo *_* rs.
Eu não gosto de festa junina. Eu ainda tenho minhas lembranças de quando me faziam dançar vestida de noiva na frente de todo mundo só porque eu era a loirinha da sala [/passado medonho]
eu dançei uma vez, e foi horrivel, hahaha. mais só aqui que NUNCA tem milho nas festas juninas? :] e o gabriel gatinho da camiseta xadrez e pá, hahaha 8)(a cara do meu professor de mat.)
Na boa, a última vez que dancei quadrilha foi na 4ª série. Mas quero muito participar de novas quadrilhas de festa junina, principalmente agora na época de faculdade, porque a gente sabe...sej a lá qual for o tema da festa (na faculdade) sempre termina com putaria! =D
Sexta que vem tem quadrilha da turma, então semana que vem conto as "aventuras".
Detalhe a ser salientado, na festa junina você não se veste de caipira, você se veste de FODIDO!
Eu já cheguei a dançar em uma quadrilha também,mas na primeira apresentação..desistir! o frio que faz nessa época é(frio seco que despela até sua alma.AHAHAHA). Pelo menos a comida (depedendo do lugar) é booa =D
Faz muito tempo que não danco quadrilha... Tenho saudade *passou*
Mas agora "E se sente enganado por ter passado anos acreditando que usar chapéu de palha, calça costurada, cinto com fivela, camisa xadrez, lenço, canivete e palha no bolso era "A" idealização de virilidade masculina." ainda é sim ta
pergunta pros agroboys *.*
nem quando era pirra dançava quadrilha, achava meio down. no 3º quis fazer tudo que era de direito na escola pra aproveitar meu último ano de colégio (perdi os preconceitos vide seu texto), a gente ensaiou pra quadrilha, mas como a turma não colaborou nos ensaios a professora ficou puta e cancelou quadrilha pra gente.
eu vim dançar quadrilha a primeira vez esse ano. fui na festinha da antiga escola rever o povo. na hora do pessoal fantasiado subir no palco resolvi ir também, puxei minha amiga pra ir comigo. e eu ainda fiz o papel do macho! usei até chapéu.
oliaí: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom.aspx?uid=4758072464943044923&pid=1245696366574&aid=1240927809
ah, hoje, eu nem preciso dizer que adoro festa junina.
e milho cozido! <3
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