quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Viagem de Ônibus

Tenho alguns poucos traumas na minha vida, e um dos maiores traumas é viajar de ônibus. Para quem não sabe, eu nasci em Belo Horizonte e vim pra Goiânia beeeem pequenininho, porém, a cada seis meses eu me locomovia para minha cidade natal para ficar alguns dias (ou meses) com minha família. Assim, a cada seis meses eu era trancado em uma caixotão gigante por 15 horas e era obrigado a ficar lá parado sem me mover. Não, minha mãe não me mandava pra Beagá via Correios, essa era só a sensação que eu tinha quando me obrigavam a pegar a estrada.
Quando eu era pequeno, juntava o cheiro do ônibus (e olha que eu ia nos ônibus mais bacanas, mas ainda assim o cheiro me incomodava) com o movimento e, cara, eu ia passando mal de Goiânia a Belo Horizonte. Nada tira minha cabeça que aquele aviso nas sacolinhas de lixo "Use em caso de indisposição alimentar" foi colocado lá depois da milésima vez que eu vomitei numa sacola de lixo e entreguei pro motorista se livrar dela. E pior, eu lá todo passando mal e o que minha mãe fazia? Em vez de me consolar e me dar uma esperança de um futuro melhor, ela me repreendia, brigava comigo por passar mal. Isso teve dois reflexos grandes em mim hoje em dia:
1 - Não consigo mais vomitar conscientemente em hipótese alguma.
2 - Fico passando mal durante todo o percurso de qualquer viagem em estrada que eu tiver que fazer.
E com o item 1 reinando sobre o item 2, isso significa que em viagens de estrada, eu vou passando mal, mas não realmente passo mal durante toda a duração da viagem.
Outra coisa que eu sempre me dava mal é a pessoa que senta do meu lado em ônibus. Geralmente viajava eu, minha mãe e meu irmão. Eu sentava na frente com minha mãe, meu irmão sentava atrás com um desconhecido. Esse desconhecido sempre era uma pessoa hiperlegal que comprava comida pra ele, contava piadas, ou uma mulher linda. Quando eu ficava com inveja e conseguia trocar de lugar com ele, minhas companhias eram sempre pessoas gordas, espaçosas, velhos rabugentos e que roncavam. SEMPRE. Sem contar que quando meu irmão não tinha uma pessoa hiperlegal de companhia, ele ia sozinho, o que possibilitava ele de se esparramar e dormir "confortavelmente" a viagem inteira. Eu não, eu sempre ia do lado da velha gorda rabugenta que roncava e peidava (esse ser genérico que me acompanhou em todas minhas viagens).
Toscano tentando achar uma
posição confortável para dormir.
Insuportável também era a duração da viagem. DOZE HORAS do mais puro tédio e passar mal. Ou melhor, doze horas é o que diziam que duravam, porque toda vez durava mais de 14 horas. Em especial quando eu cresci e comecei a viajar sozinho, sempre dava alguma merda que faziam minhas viagens durar umas 16 horas. Já teve roubo, assalto, ônibus quebrado, motorista sonolento demais, motorista rápido demais. Já aconteceu de tudo para que enrolassem mais ainda o meu sofrimento.
Qual foi a solução que encontrei? Hoje eu olho com muitíssima antecedência o dia que eu vou pra BH para poder comprar passagens de avião em promoção. O avião pode balançar, o assento pode ser apertado, o serviço pode ser péssimo, a pessoa do meu lado pode roncar a vontade. O importante é que em uma ou duas horas depois de eu sair daqui, eu estarei a 1200 km de distância daqui, harmless. Eu posso ficar 4 horas esperando conexão que ainda assim chegarei lá mais rápido do que se eu fosse de ônibus e ainda sem ter que aguentar gente comendo Peta e bebês chorando a madrugada inteira.
E você? Tem alguma história pra contar sobre viagens de ônibus? Traumas e aventuras? Divide aí com a gente!

6 Comentários:

Naisa Nayane disse...

Nunca viajei de ônibus, bem.. já fui uma vez para Caldas, o carro teve que ir para oficina então a saída foi o ônibus mesmo, mas nem lembro como foi, acho que ocorreu tudo bem. Se algum dia eu viajasse e houvesse um assalto, eu morreria, morro de medo !
Mas como minha família mora [quase] toda em anápolis, não tenho esse problema, quando vou os visitar vai todo mundo.

Pedro Lobato disse...

Meu pai é piloto de avião. Sem mais! hahaha

Vanessa disse...

Viajava de onibus a cada seis meses para São Paulo, só que a vantagem de ser pequena é que fica mais facil de encontrar uma posição pra dormir! =DD
Experiências legais me lembro de várias... uma delas envolvia uma garrafa de água com gás!
=***

Juliana Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juliana Ferreira disse...

meeeeeeeu ônibus é uó! veeei muito ruim quando eu era pequena tinha esse mesmo problema de passar mal, eu não vomitava mais ia enjoando todo o percurso o que é pior. Tipo eu la branca de enjôo e sempre tem um filho da mãe que abre AQUELE salgadinho "cheiroso" eu sofria! pior é que não era só em viajem que eu passava mal, em qualquer ônibus normal, nem que fosse de um bairro ao outro aqui em santos eu ja estava enjoando só de sentir aquele cheiro de ônibus me dava enjôo :s eca. hoje depois de passar 3 anos seguidos tendo que pegar ônibus todos os dias para ir para escola eu superei, consigo andar pra la e pra cá e me manter bem, quando está muito sol ou quando está chovendo muito e todo mundo fecha as janelas(e eu me sinto sufocada) ainda sinto um mal estar, mais ok! fora isso o que me irrita são as pessoas empurrando ¬¬ pq pior do que enjoar no ônibus e pegar ele LOTADO! isso é um passaporte para enjoar! /acho q escrevi demais '-'

Gabriel Rezende Mota disse...

E esse ou eu arrumando minha mochila para uma super viagem de 7 horas de ônibus hoje à noite.
#devoltaparaminhaterra

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