sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Corrente de Amor

Correntes sempre foram um problema. Mas não estou falando das correntes que prendem navios e outros objetos pesados nem daquelas que estão nos pés do prisioneiro naquele filme legal onde o Johnny Depp interpreta um cara excêntrico. Estou falando daquelas mensagens simpáticas, com um fundo de moral que no final, quando você acredita inocentemente que alguém só queria te passar palavras bonitas para você se sentir melhor, você descobre que agora você entrou numa espécie de maldição onde ou algo ruim vai acontecer se você não espalhar a mensagem ou algo de muito bom vai deixar de acontecer se você não espalhar a mensagem.
Antigamente essas mensagens eram passadas em notas de real ou folhetinhos com fotos de santos. Mas era basicamente a mesma coisa: ou você escrevia a mensagem em 600 notas de 1 Real (nem existe mais tal coisa) ou fazia seis mil cópias do folhetinho com o santinho ou você pegava AIDS. Aí lá ia a tia velhinha falar com o sobrinho que trabalha na gráfica pra fazer as cópias ou gastar todo seu dinheiro escrevendo nele a mensagem, afinal, uma senhora respeitosa como ela não pode sair por aí pegando AIDS.
Com o advento da tecnologia, essa praga tornou-se muito mais fácil de ser espalhada. Há uns dez anos atrás, quando todas as pessoas tinham um email mas ninguém sabia direito como usá-lo, esta ferramenta se tornou muito útil no ato de espalhar correntes. E dá-lhe receber aquelas mensagens com mil destinatários, afinal, se o remetente não mandasse a corrente em 10 minutos para trocentas pessoas, muito provavelmente a mãe dele viraria um urso panda e teria que se mudar para um lugar onde haja bambus disponíveis.
O problema dessas correntes não são elas realmente, mas nos dois tipos que elas acabam gerando: o cara que escreve as correntes e o cara que as transmite.
O cara que escreve as correntes se acha o Jim Carrey naquele filme onde ele ganha poderes e faz coisas engraçadas. Ele escreve uma história (ou mensagem) para que a pessoa se comova ao ponto de transmitir a mensagem, porém, não acreditando que seu texto é bom o suficiente para ser divulgado ao boca-a-boca, ele coloca uma espécie de ameaça (ou prêmio em alguns casos) no final. Você espalha a mensagem que eu escrevi e seu amor voltará para você. Ou alguém que te ama muito vai se revelar para você. O cara que escreveu a mensagem não tem poderes mágicos como aquela benzedeira que mora perto da sua casa e, na verdade, nem a benzedeira tem.
O cara que transmite a mensagem (que não necessariamente é um cara, muitas vezes é uma senhorinha velhinha e inocente), realmente acredita naquilo. E acredita a tal ponto que alguns chegam a explicar os problemas da vida com aquela mensagem não passada ("OH NOES! Ninguém se revelou dizendo que me ama hoje! Eu devia ter mandado aquela mensagem para 45 pessoas em menos de duas horas para que isso acontecesse!"). E não satisfeito em se preocupar com o que está escrito na mensagem, ainda distribui a tal maldição para sua lista de contatos. Pensem comigo: o cara para evitar que mil carneiros invadam sua casa, precisa passar a maldição dos mil carneiros para outras pessoas! Grande amigo esse seu, hein? Que para encontrar o grande amor da vida põe em risco o encontro de um grande amor para todos os sujeitos da sua lista de emails.
Enviar correntes pra mim é pedir para ser bloqueado da minha vida. Não o façam, nem que disso dependa a morte de um ente querido (mentira, se você conseguir me provar que realmente depende a vida de um ente querido seu, eu te desbloqueio da minha vida). Mas já que eu sei que vocês tem muitos amigos por aí, vocês terão que passar esse texto para 10 amiguinhos seus nos próximos 10 minutos. Se você fizer isso, o grande amor da sua vida vai se revelar pra você. PORÉM, se não fizer, você vai ficar sem internet durante 10 dias. TRY ME.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tudo "na ponta da língua"

Eu tenho uma cabeça mirabolante, isso não dá pra negar. Acho que sempre por estar muito ligado em português, seus laços, conexões, palavras, expressões, tudo, eu acho que causa um nó na minha cabeça que me faz achar divertido algumas coisas que talvez vocês nunca nem perceberam. Hoje meu texto é pra gente relembrar algumas expressões do cotidiano que não fazem o mínimo sentido se forem expostas em um modo literal, mas indiscutivelmente ficaria bem hilário se o fosse.

Porque, na real, se um amigo seu disser que precisa botar algumas coisas "em pratos limpos", nem de longe ele quer dizer que realmente exista uma comida em um prato que ele esteja segurando ali. Muito menos quando alguém sugere que você faça algo pra "quebrar o gelo", mesmo porque não faria sentido nenhum você quebrar... um gelo (!) e sua relação estar totalmente diferente depois disso. Me lembro que, no show da Ana Carolina, vi vários fãs pedindo uma palhinha pra cantora já depois que o show tinha terminado. Vocês já imaginaram se ela guardasse realmente uma palhinha (palha pequena) dentro do bolso do paletó dela?
-ANA, DÁ UMA PALHINHA?!
- OPA, É PRA JÁ. AQUI Ó.
Você pode até achar meio sem noção, mas sem noção mesmo seria se os fãs, ao invés de pedir uma palhinha, pedissem uma canja. É mais difícil de carregar... no bolso. Ah! Falando com "canja", vocês lembram daquela expressão "debaixo desse angu tem carne"? Alguém já levantou o angu pra certificar? Não! Ela não está lá! Ela nunca vai estar lá! Seguindo a tendência de "carne", já viu alguém chamar o amigo de "mão-de-vaca" e depois você perceber que ele realmente tem uma pata? Ou, mudando o animal, você gostaria de receber um presente de um amigo se ele te "pagasse um sapo"? Seu amigo vai até a loja e pede, encarecidamente, à moça um sapo. Antes de pagar ele fica pasmo com o preço! "Esse sapo custa os olhos da cara!". Alguém já avaliou sua própria visão por aí? NÃO! Ninguém faz isso! Sabe o que mais que ninguém faz? Quando chove NINGUÉM se preocupa em proteger cavalo nenhum. Pra que continuar com o "tirar o cavalinho da chuva"? NÃO FAZ SENTIDO! Quando te pedirem pra "quebrar um galho" a intenção não é pra fazer fogueira. Quando um amigo chegar pra ti dizendo que naquela noite ele afogou o ganso, não acredite! Ele não tinha um ganso e muito menos praticou tal crime. É só um modo de dizer que ele, aquela noite, ele... descascou o palhaço. CALMA! Ninguém matou o palhaço também não, ok? Ah, enfim, deixa pra lá. Saiba que ninguém, por mais que diga que "comeu com os olhos", poderia, de fato, comer com os olhos. Vocês sabem né? Enfim... Queria poder avisar pra todos que é mentira quando eu digo que "você tá cagando no meu pau". A imagem do seu melhor amigo cagando no seu pau veio à tona? Era essa a intenção.

Por mais difícil e confuso que seja tudo isso, vocês já de convir que há uma expressão que causa calafrios em qualquer um. Não que eu acredite na veracidade dela, mas só de imaginar já é o suficiente... por que, na real, na sinceridade, como alguém ainda tem coragem de dizer:

"Eu mato a cobra e mostro o pau!"

Eu não pago pra ver não, hein. (eu não pagaria de qualquer forma...)

E vocês, leitores, lembram de mais alguma expressão que, levada ao literal, seja interessante e/ou constrangedora? Divida com a gente!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alá o azar!

Tema sugerido pela leitora Monika Dantas Kurmann


Santo azar. Quem curte? Sabe urucubaca? Zica? Muzifi de pafuá regalô montimaria? Pois é. Azar é uma coisa que todo mundo tem. Mas, sério, isso é uma coisa tão estranha, mas tão estranha, que dá vontade de rir de certas situações cuja falta de sorte brilha para você e diz: "Aha, sifu, maluco!"
Por exemplo, eu sou recheado de "miniazares". Como na vez que levei duas fotos minhas de infância pra escola, pra poder mostrar pros amiguinhos. Eu, feliz, guardei as fotos naquele plástico da frente dos cadernos. Com o passar do tempo, folhas foram entrando na frente da foto até que um dia, não me perguntem por quê, eu resolvi recortar uma estrela com aquele plástico transparente. Desenhei e meti o estilete. Só depois eu percebi que havia cortado também uma das fotos, a mais fofolete, a que eu mais tinha ciúmes. Né?
Quando a gente é criança, não tem muita noção do que faz. Eu cresci sem noção até a adolescência. NÃO, HOJE EU SOU UMA PESSOA COMPLETAMENTE CENTRADA, SEM COMPLEXOS E FELIZ. E foi assim sem noção que uma vez fui entrar numa balada com um amigo. Era a segunda noite de festa e quando fomos entregar nossos ingressos, o carimbo que reluz na luz negra da noite anterior brilhou (oi, banho?) e o segurança foi empurrando a gente festa adentro. Felizes, eu e meu amigo não esperamos pra sairmos e vendemos os ingressos. Fomos entrar de novo e dessa vez nos barraram. O tal carimbo da noite anterior estava no braço esquerdo. O da tal noite era no outro braço. Agora, de onde esse povo é tão esperto pra fazer essa mecânica de braços e carimbos? Me f*di.
Tive azar até no vestibular: entrei de segunda chamada.
Quem me conhece sabe, sou uma pessoa que planeja cada passo meu a curto, médio e longo prazo. Mas aí tem uma coisa chamada destino, ou sina, ou o que seja, que me freia legal. Daí que o azar é certo. Planejo toda uma ação na minha cabeça, quando vou executar entro em contato com alguém que desmonta todo meu plano.
Eu tenho tanto azar que se eu entrasse no BBB, sairia no segundo dia por algum motivo qualquer, tipo "Gabriel, não pode empurrar colega na piscina. Você está desclassificado".
Exemplo ao vivo: fui ali preparar uma panqueca e eu, que nunca quebro dois ovos no mesmo recipiente, resolvi fazer isso. E sim, o segundo ovo estava choco.
E falando em cozinha... Sempre desintegro os pelos das minhas mãos quando vou acender as chamas da paixão.
Confessando: desde o final do ano passado tenho estado numa pequena maré de azar. Pequena porque ela é pequena mesmo, nada de muito grave. Mas aí que tá. Eu tinha tanta coisa pra resolver, que acabei tentando fazer tudo de uma vez. O azar veio e atrapalhou. Nenhuma delas deu certo. E como eu sou supersticioso, digo para vocês que dia 5 de dezembro é o meu dia de azar. Pelo menos por agora. Foi ali que tudo começou a ficar complicado, exigindo de mim um rebolation digno, pra que eu pudesse, finalmente, resolver minhas pendências.
Mas apesar de tudo, um azar é até legal. Prefiro complicações a ter uma vida certinha, onde tudo caminha como o combinado. Me dou melhor tendo que resolver problemas que eu julgava já ter resolvido.

Máucia. Desabafei...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Devassa da Paris Hilton

Enquanto vocês pulavam carnaval vestidos de alien do espaço ou bebiam pra caramba em alguma cidade do interior desse nosso BRASILZÃO, uma novidade chegava ao mercado brasileiro: O Grupo Schincariol, cansado de disputar garoto propaganda com a concorrente, lançou no mercado a cerveja Devassa. E quem melhor pra estrelar a campanha dessa cerveja do que a, mundialmente conhecida por sua devassidade, Paris Hilton?
Exatamamente. Paris Hilton, herdeira do grupo de hotéis Hilton (ou seja, milionária), que ficou famosa com um videozinho onde fazia coisa feia com um amigão dela aí, vídeo este que foi baixado e pirateado sob o singelo nome "Uma noite em Paris". Depois foi vista com Britney Spears e Lindsay Lohan, todas com a periquita de fora (entretanto, uma de cada vez). Pra consolidar sua fama, ela ganhou um reality show com a amiga dela onde ela ia ali experimentar a vida de pobre, mas logo depois voltava pra vida normal dela. Inclusive esse programa é aquele que a Record fez uma versão com a Filha de Ipanema e a Karinna Piercing Lá. Há pouco tempo, ela também estreiou um outro reality show em que meninas do mundo inteiro se candidatavam a ser sua Melhor Amiga Prasempre, porque, né? Hoje em dia amizade é isso aí, um grande reality show. Então, a Paris é rica, bêbada, com as piores companhias do mundo (que vocês menines adorariam ter também) e super abusada pela mídia. Tem alguém melhor para lançar uma cerveja que praticamente chama BITCH? I don't think so.
Não estou bem certo qual era o real objetivo de colocar no mercado uma cerveja chamada Devassa. Se fosse um sanduíche novo, o trocadilho seria mais óbvio "Vou ali comer uma Devassa", mas "beber uma Devassa" não me parece nem engraçado, muito menos adequado. E o pior é você ver uma cerveja com ESSE nome, sendo vendida como algo de "classe". Acho que o nome "Devassa" virou algo chique com a entrada da Geisy Arruda no mundo da moda e das faculdades particulares. Um nome totalmente vulgar pra uma cerveja supostamente chique em puro malte e de todas as cores possíveis. Taí outro erro. Tem um tipo de "Devassa" loura, ruiva, índia, negra e... SARARÁ. Provavelmente, quem nomeu esses tipos de cerveja foi o mesmo imbecil que nomeu a própria cerveja. Devassa Sarará. Putz.
Aí na festa de lançamento da cerveja, Paris dá bafão, subcelebridades do Brasil se humilham pra tirar uma fotinha com a subcelebridade mundial e os sites de fofoca conseguem pauta para o resto da semana. Logo em seguida tá todo mundo pulando carnaval no camarote Devassa, ao lado da Paris e vendo peitos na avenida. Taí três coisas que eu num curto: cerveja, subcelebridade e carnaval.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ana Carolina em "N9VE"

AEEE RISOS! Mais uma vez, eu, Pedro Carvalho, fui escolhido pra fazer mais uma cobertura de um super evento pra vocês! Dessa vez trata-se do show de uma cantora nada convencional, uma cantora que por fora demonstra certo tipo de CULTura e por dentro só tem muita crítica e sensualidade pra ser abordada. De quem estamos falando, Tio Pedro? Estamos falando da mulher que o MC Catra tem fantasias: Ana Carolina! *aplausos*

É muito normal que Ana Carolina cause a síndrome do "8 ou 80" no pessoal: ou ama ou odeia. Acham sem graça e outros, intensa. Uns promíscua, outros polêmica. Saindo um pouco da esfera paradoxal que ela se encontra, é uma cantora que, independentemente de ser amada ou odiada não faz a mínima questão de entrar no debate. Ela faz o que ama e dá pra sentir essa paixão em suas músicas. E é por isso que os fãs da cantora são tão... digamos... efusivos. Mas até a que ponto que isso pode chegar?

Pra quem não sabe, eu sou um grande fã da mineira, e assim sendo já estive presente em 3 shows da cantora. Nenhum deles eu consegui voltar pra casa sem ser xingado ou sem ter levado uma cotuvelada. E isso por que? Porque os fãs dela são 100% vidrados e não abrem mão de estar um pouco mais perto da "diva" (apelido carinhoso que fãs deram a ela muito antes da música da Beyoncé tocar nas rádios). Vocês bem devem saber que, por falar abertamente de sua orientação sexual e por tratar de tal assunto como algo fora dos tabus de origem, é um show repleto de casais homossexuais e/ou meninas loucas pra dar um trato na cantora. E isso é visível nos comentários feitos em alto e bom som durante o show. E "ai" de você se elogiar mais a Ana Carolina que a caminhoneira do seu lado. Não se engane, tem muita menininha bonitinha à primeira vista ali, mas quando você pisa no calo delas, sai de perto, ela mostra a tatuagem do presídio que tem no braço e já levanta a voz grossa. Mas não se acanhe, isso é "normal".

Falando no mesmo, e já entrando no assunto, Ana Carolina lançou sua 10ª obra intitulada como "N9VE", uma vez que - além das 9 faixas do CD - tem uma grande simpatia pelo número que a "persegue" por toda sua vida, a começar pela data de nascimento (09/09). Após sua estréia na capital carioca, o caminhão da produção dá a honra à Goiânia de ser a primeira cidade a prestigiar a turnê do seu novo CD, considerado bem mais bem-humorado, com toques de samba e batidas fortes de tango.

Conhecida por sempre inovar, Bia Lessa, diretora de palco e cenógrafa, mantém a tradição. O show começa com Ana Carolina nos ares, em meio as núvens que enfeitam a capa de seu último CD. Uma grua a suspendia com um suporte próprio para que o violão a acompanhasse formalmente na canção "Que se danem os nós", gravada em 2001. Obra essa que - além de outras como "Dois Bicudos" e "Hoje eu tô sozinha" - já a maioria dos fãs não esperavam mais ouvir ao vivo. E ela não surpreende somente dessa forma. Uma espécie de cachoeira foi instalada para dar um ar mais intimista e melancólico à canção "Corredores", e a cantora fica atrás dessa cortina mostrando suas pernas, antes nunca vistas por causa dos frequentes terninhos (ou uniformes, segundo a própria Ana) usados nos shows. Continuando a onda, Ana conta com seus 4 inseparáveis amigos para um samba informal feito de um modo bem inusitado: enquanto ela bate em seu pandeiro, os rapazes batem colunas de madeira no chão, tudo em perfeita sintonia roubando samba da maioria dos fãs que ouviam.

Saindo da inovação e começando o que já é de praxe, Ana Carolina nunca abandona a frequente temática sexual que a acompanha em seus shows. Na turnê passada, "Dois Quartos", um vídeo com pin-ups de mulheres dos anos 50 passava no telão para ilustrar a polêmica faixa "Eu comi a Madonna". Já na turnê atual quem faz o serviço é a canção "8 estórias", em que a cantora relata oito possíveis relacionamentos homossexuais que já tivera, com vídeos mostrando a "intimidade" da mulher em cenas no banheiro com calcinhas arriadas, enroladas nas toalhas, no banho, etc., na metade do telão que enfeitava seu palco repleto de músicos já conhecidos por shows anteriores.

Por mais que o show seja envolvente, não só eu como a maiorias dos fãs mais assíduos esperam ansiosamente pelo final do show, em que a cantora recepciona alguns dos fãs que a esperarem até... que ela esteja a fim de nos receber. Eu tive a sorte de conseguir entrar no camarim no 2° show que fui, e confesso pra vocês que quase molhei minhas calças quando a vi. Minha perna tremia tanto e eu tava tão nervoso que já estava saindo sem pedir autógrafo no DVD que eu levei especialmente pra isso, mas consegui. Além do DVD, mostrei um cartaz que fiz com a ajuda de uma amiga e ela riu e nos agradeceu pelo empenho. Hoje sei que valeu a pena ter recebido xingamentos pra levar pra minha mãe enquanto tampava a visão de algumas caminhoneiras ao levantar o cartaz durante o show. Dessa vez foi algo menos prolixo. Ela terminou o show e foi pro hotel. Por mais que fosse verdade, os fãs não acreditavam e eu, com credencial de imprensa, consegui a confiança do segurança pra que me levasse até o camarim para que eu fosse o porta-voz dele e confirmasse a tal história do paradeiro da Ana. E não é que fui ameaçado pelas caminhoneiras e pelos "amiguinhos" delas?

- SE ELE FOR E A GENTE NÃO EU JURO QUE EU ARREBENTO ELE LÁ FORA. É ISSO OU NÃO É MENINAS?
- ÉÉÉÉÉÉ

Que simpatia, não?! O mais bonito nessa história toda é que todo mundo levanta a voz, xinga, bate, empurra, insiste e chora, mas é tudo por uma razão. Pra poder chegar um pouco mais perto da origem de todas aquelas músicas que escrevem a vida dessas pessoas. Toda a raiva, pra poder chegar diante daqueles 1m78 e dizer aquela voz já foi trilha de muitos momentos que todos ali já passaram. Talvez chegar e dizer, assim como eu disse: "Ana, não acredito que eu tô aqui, com você na minha frente" [/gay] e receber um sorriso sincero, o sorriso mais lindo que já vi na minha vida.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Beyoncé, a musa. (Aude Singuleids)

Uô-ô-ô.

Tem coisa mais chata que ver mais alguma versão tupiniquim de Single Ladies por aí? Aliás, tem coisa mais chata que qualquer outra versão de Single Ladies? Ok, ouvir inistentemente I Gotta Feeling é mais chato que isso, mas não quero falar sobre Black Eyed Peas. Aqui, só eu que tou avulso a todo esse escarcéu da musa aí? "Beyoncé abriu o show no Rio com seu primeiro single da carreira solo, 'Crazy in Love'". Carreira solo? Ela era de onde antes de ser quem ela é? Ajuda, gente...
Daí que ela veio pro Brasil. Ok. MAS NÃO PRECISA FICAR DECLARANDO AMOR ETERNO POR ESSA TERRA AQUI. Porra, tem desemprego, fome, pobreza, corrupção no Senado, tem Jesus Luz... Como ela ama o Brasil? Ah, pelo bundão e pernas grossas. Aí sim, ela tem algum parentesco conosco. Aí sim ela pode querer amar o Brasil. Mesmo a gente continuando tendo Jesus Luz todo dia de cueca por aí.
Tá, parei.
A putaiada toda comemorou a vinda da irmã mundialmente famosa da Juliana Paes. Tenho medo de quando for a vez de Lady Gaga, que anda fazendo um baita sucesso por aqui. Sério, na vinda da Gaga quero nem ver esses programa de TV se estapeando para terem sua presença. Acho que Casos de Família leva, porque super rola fazer um dia de tema "Minha amiga não sabe se vestir pras balada, Christina". Enfim, desviei do tema. Vamos continuar no assunto principal. To the left, to the left. Everything you own in the box to the left =*
Falando em Irreplaceable (ó, até conheço!), eu super considero a dona de casa que termina com seu parceiro e num momento sério balança os dedinhos pra esquerda levando todo o resto do corpo pra direita só pra dar a direção da saída da casa pro ex. Né?
"Thudeléff, thudeléff. Hmmmm"

Vamos falar de um ponto bem sério agora [/Sonia Abrão]
Porque vaiaram Uânessa na abertura do show? Gente, Wanessa merece isso não... Só porque ela gravou participação no Ráiguisquiumíusical versão Brasil? Se for, eu concordo. E Ivétinha? Vaiaram também? "Aaai, Ivete? Ivete levanta poeira, coisa brega". Daí que eu tava lendo a reportagem do Ego sobre um dos shows no Rio. E Ego é Ego! Dois pontos me chamaram a atenção:
"a cantora jogou a toalha com a qual se enxugou para a plateia: 'Eu amo o Brasil', disparou."
Ooopa. Se fosse eu, jogava a toalha e falava: "Vou fazer um pobre feliz. Se estapeiem pela toalha suja de suor e vendam depois no Mercado Livre, gente feia!"
"Ainda em homenagem ao rei do pop, Beyoncé disse: 'Se você foi tocado pela magia de Michael, coloque suas mãos para o alto.'"
Crianças que "foram tocadas" pela "magia" do Michael foram ao delírio.

Mas agora, a melhor coisa que Beyoncé já fez, a maior prova de brasilidade dela, foi gravar um CD de versões de forró pro seu sucesso. Não conhece "I Am Maria Bonita"? Dá uma ligada:

=P

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Na Cozinha Com Tio Toscano

Muitos se espantam quando eu digo que sei cozinhar. Talvez se eu fosse um djovem em meus 30 anos, atlético, com alguns cabelos grisalhos, essa característica seria um atrativo que se juntaria a minha gama de qualidades. Prepararia um sushi e serviria a luz de velas em um jantar romântico para minha namorada. Mas como sou um universitário quebrado, o que eu quero dizer com "eu sei cozinhar" é que o que eu tento fazer na cozinha na maioria das vezes dá certo e é apreciado por aqueles que o experimentam.
Minha, digamos, habilidade culinária tem origem basicamente na inabilidade culinária do meu irmão. Lá pela minha pré-adolescência, muitas vezes meus pais saiam e deixavam restos de comida para ser esquentados ou quiçá, um ovo a ser frito. Meu irmão (mais velho), com preguiça de realizar qualquer movimento para que sua comida ficasse pronta, preferia dormir ou comer bolachas para que a fome passasse. Eu era gordo e gordos não se satisfazem com "dormir pra passar a fome" e se eu comesse as bolachas, faltariam bolachas para a "hora de comer bolachas". Assim, fui desenvolvendo minha técnica de requentar comida e em pouco tempo já conseguia cozinhar ovos, fazer miojo, salsichas e omeletes.
Logo em seguida, passei para o segundo estágio culinário. Esse segundo estágio consiste na descoberta que, tendo a receita e os ingredientes, você consegue fazer qualquer coisa. Nisso eu comecei a fazer bolos, brigadeiro e outras coisas que requeriam uma receita minimamente mais elaborada. O problema deste estágio é que você acaba pensando "Mas se isso tudo é tão fácil de fazer, por que minha mãe não faz?", sua mãe não faz porque existem coisas mais fáceis que não requerem nada ou pouquíssimo, assim cansando-a menos, como ARROZ E FEIJÃO deal with that. Assim, o terceiro passo (que é o que a avó de vocês está) é aquele em que você usa a receita como base, mas acaba modificando ela inteira, porém as pessoas continuam gostando e elogiando o que você faz. Eu estou quase no terceiro estágio (faltando apenas as pessoas começarem a gostar da minha comida).
Uma coisa que me frustrava muito durante esse processo todo de aprendizado era quando eu via receitas de comidas deliciosas na televisão. Por mais simples que anunciassem a receita do dia eu sempre não tinha:
1- Um ingrediente ou;
2 - Uma medida utilizada ou;
3 - Um dos intrumentos usados ou;
4 - Alguém do meu lado que soubesse cozinhar.
Ou seja, a Ana Maria Braga, o X-Tudo e todos os outros programas que, em algum momento de sua transmissão, tivessem passado uma receita, me causavam imensa frustração onde eu pensava "Quando eu crescer cozinharei tudo o que passar nesses programas. Farei tudo ao mesmo tempo que eles". Típico pensamento de uma criança gorda.
Com minha vida, eu demonstro o que muitos jovens aprendem apenas quando vão morar sozinhos: o Chef dentro de você só nasce a partir da necessidade. Quem aí (dos cozinheiros amadores) nunca transformou aquele resto de comida da semana inteira em um prato incrivelmente delicioso? Ou estava com vontade de comer algo em específico e buscou a receita mais simples que existia na internet para tentar reproduzir em casa? Fez uma vaquinha para comprar coisas aleatórias no supermercado e transformar essas coisas em uma refeição completa? Eu já fiz e continuarei fazendo. A cozinha afinal não é um lugar tão estranho assim.

Post sugerido pela leitora mais do que especial: @neneps.

Mande suas sugestões de post para nosso email: risosponto@gmail.com

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TWITTstrESS

O gordinho de nossas vidas e também autor desse blog que vos escreve, Gabriel Mota, já descreveu e resumiu de um jeito bastante interessante o reality mais assistido da televisão brasileira. Mas ele, você leitor desocupado e a população há de convir que o BBB10 tem suas importâncias e que devemos dar tal espaço a elas. Vamos a elas, baixinhos?
A começar pelos participantes. Vamos citar os que merecem certo destaque:

ANAMARA - O vídeo de inscrição da bicha só pode ser fake. Ela de coquezinho, roupa sem decote, forçando uma cara de séria? Ou ela comprou essa roupa pra alguma festa a fantasia qualquer e vai ser presa quando sair da casa por botar o nome da polícia no meio ou ela é realmente otária: era, de fato, da polícia e já tem consciência de que está bem longe da coorporação no momento em que o vídeo dela na lancha mostrando seu lado "não-cherife" à população brasileira.
ALEX - O perturbado. Tem síndrome de perseguição. Cara de vilão de filme de suspense. "Advogado do diabo" como filme de cabeceira, vive em função da constituição. Deus é o juiz.
ANA MARCELA - Figurante.
DICÉSAR - A dlag Paianaiense dsi Londlina que inclivelmente é menos feio sendo dlag do que "machinho". Ela contou que tentou ablir um vidlo dsi picles de cebola com um "amigo". "Eu olhei pa caga do viado, o viado olhou pa minha caga..."
DOURADO - "AE, SOU FODA, SOU RAPOSA DO BBB, SACO TUDO, BORA É JOGAR QUE ESSE É O ESQUEMA". Tirando a burrice arrogância, é o único que tem coragem pra sair do cliché da afinidade e dizer que a garota é uma puta que tem influência e ele vai votar nela pra ganhar.
ELENITA - Ela pede pra que a chamem de Lena porque "Elenita" tem muitas letras, e muito remete a idéia de gordo e ELA NÃO É GORDA TÁ GENTE?
ELIÉSER - O dos três mamilos né, pessoal. Fácil essa.
SÉRGIO - Esse eu vou dedicar um tempo maior pra discorrer sobre. Sérgio, ou sr. orgastic pros íntimos, é um alienígena estranho que perambulava pelos vídeos youtubianos com muita frequência. Autor da expressão "beijo, me liga" com seu vídeo mais visualizado (e zoado) da rede. Pra vocês terem uma idéia até eu fiz uma paródia dele, mas eu tive vergonha na cara e já exclui da minha conta. Além desse, vários na "balada", pré-balada, jabás, halloween (de fato muito bem fantasiado PRA ASSUSTAR GERAL), na praia, etc. Adquiriu uma puta visibilidade e era abordado pela rua pra entrevistas, tirar fotos com fãs ou receber um chute naquela franja sebosa dele. Fez teste pra entrar na MTV diversas vezes e nunca perdoou a MariMoon (outra cybernética à la Clementine que também é famosa no mundo virtual), também ex-emo, por ter pêgo sua vaga. Assim como a última citada, mudou o visual do seu cabelo umas insaciáveis vezes pra ver qual ficava mais ridículo. Sua aparição virtual mais recente é de um vídeo – que eu não sei se ainda está no ar – que foi publicado no youtube dele se masturbando pra alguém e esse alguém fez o favor de gravar e botar no ar. Não assista. É traumatizante. O fato é que esperamos atitudes "si zoga", pronto pra "jogar fogo na pista e apagar com o cabelo" e nos deparamos com um orgastic que nem pra preliminar não serve. #fail

E por fim...
TESSÁLIA - Todo mundo espera por essa né? Primeiro um geralzão pra quem não conhecia a face dela pré-BBB: A Tessália (que diabos que mãe bota um nome desses? Tinha que ser a mãe da Tessália mesmo...) é uma publicitária (tsc tsc) curitibana que ficou famosa depois de ativar scripts em seu twitter pra ter um maior número de followers. A idéia é vir followers reais e ver aquele número enorme e se perguntar "Nossa, ela é bastante seguida, o que ela deve ter de tão interessante pra isso?". E é aí que tá: ela não tem nada. E é possível que você já tenha percebido isso no próprio reality. Boba, neurótica, sem-sal. Bem imatura mesmo. Aquelas geeks sem conteúdo que não tem nada pra fazer. Juntando isso tudo o que dá? Milhões de brasileiros metendo o pau na boqueTess. Por mais que tenhamos, não era necessário motivo algum! Só pelo fato dela ser a Tessaranha zoada já seria o suficiente. Mas não é que ela roubou o namorado de uma mina muito gostosa (que já tá na paparazzo, cuecas!), também publicitário (tsc tsc), e como se não bastasse... como que eu posso falar? Já tá no horário apropriado, diretor? Ela foi fazer serviços manuais e orais debaixo do edredon sem imaginar que seria altamente recriminada no mundo twitteiro (como se ninguém tivesse feito ou recebido um na vida). Fez o favor de intensificar os barulhos/ruídos pra que todos pudessem ser massacrados e enojarem ao assistir. Vários tags foram criados desde então das mais variadas criatividades e o horário do BBB se tornou o melhor pra acompanhar as melhores twittadas dos zoadores de plantão. Agora acredite se quiser, por mais que ela seja a Tessália zoada, era legal ter alguém pra julgar e zoar na casa... e agora que todo mundo pegou o jeito da zoação... ela sai? Pois é! Com 78% dos votos, a @twittess volta a "realidade" virtual dela pra chupar aqui fora. Só não sei o que é pior: ter perdido o que zoar todo dia no twitter ou ter que aguentar a Tessália no twitter de volta.

Que que vocês acham?