quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Rei.

Com vocês, o Rei.


Fica aí como forma de redenção do meu último post.


P.S.: Gabriel disse que também quer se redimir, por conta dos posts dele que nunca passam de 10 comentários! Ele então criou "Eu sou o rei", versão animada, para você sair divulgando nosso blog por aí... Tá ali do lado. É só copiar o link e incorporar!


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cabelos Sebosos, Um Bigode e Uma Perna.

Inspirado em Ronald Rios (que até chegou na MTV), serei escroto em um post. Não, não vou falar de AIDS. Ainda.

Tem um aleijado aqui em Goiânia, tipo, o cara só tem uma perna. Devem ter vários aleijados aqui em Goiânia, eu sei, mas estamos falando de um em especial. Primeiro, vamos ao fato de ele não ter uma perna. Provavelmente ele não escolheu isso, deve ter sido um acidente ou alguma coisa assim. Tipo, pode acontecer com qualquer um, mas esse cara, justo esse cara, eu aposto que ele mereceu perder a perna. Sério mesmo.
A primeira vez que eu o vi, estávamos em um ônibus lotado, eu sentado, ele, que tinha acabado de entrar, estava em pé, se apoiando em suas muletas, no ferro de segurar no ônibus, na sua perna solitária e nas pessoas, porque aquele ônibus estava realmente cheio. Ah, eu comentei que ele tinha um cabelo grande e bigode? Ele pode não ter escolhido perder a perna, mas foi opção dele ter um cabelo grande, oleoso, pintado de preto, com um bigode imenso. Nada contra o pessoal de bigode, um abração pra gale super faço parte do AMI. Mas o conjunto irrita. E ele ainda não tinha uma perna. Onde a gente tava? Ah, no ônibus. Beleza, ele tava lá se equilibrando no balançar do ônibus quando a moça simpática sentada ao meu lado resolve oferecer seu lugar para que nosso amigo aleijado sentasse. No que ele recusa dizendo "Eu nunca tomaria o lugar de uma dama". CARA, VOCÊ NÃO TEM UMA PERNA, VOCÊ REPAROU ISSO? Quando o cara preferiu ficar lá pendurado do que tomar o lugar de uma dama, eu já fiquei bem grilado. Num cedi meu lugar não. Se ele recusou o primeiro é porque ele não precisa sentar tanto assim. O ônibus parou, todos desceram e eu nunca mais lembrei do sujeito.
Até semana passada. Semana passada, quase um ano depois do ocorrido, estava eu e nosso colega de blog Pedro Vitor indo para a faculdade (em um novo ônibus mais rápido e mais vazio do que o anterior), quando vejo alguém pedindo para entrar por trás (e sem pagar). Era o sujeito, com o cabelo e o bigode mais sebosos, suas muletas e sua perna solitária. Apesar de achar que ele deveria pagar a passagem, nem me incomodei não. O que me incomodou foi, apesar de haver várias cadeiras vazias, ele se manteve em pé em um malabarismo para se equilibrar com sua perna e suas muletas. Mesmo pessoas oferecendo seus próprios lugares para ele (tinha muitas cadeiras vazias), ele se mantia em pé, sendo jogado a cada freiada do ônibus (e sendo acudido por passageiros de bom coração). Prestando um pouco mais de atenção, percebo que ele estava distribuindo um papelzinho para os passageiros, que logo chega a mim. No papel, ele pedia dinheiro para que ele pudesse sustentar as três filhas (entre elas uma recém nascida). Ah, então ele num tem perna mas tem um pinto que compensa, né? E porra, ele perdeu uma perna, isso não o torna inválido para trabalhar não, cara. E ele precisa distribuir um papel porque? Ele não sabe falar mais não? Muito pelo contrário, ele falava muito bem com quem puxava assunto com ele. Deram algumas moedas pra ele, mais algumas freadas, mais passageiros ajudando, ok. A vida segue.
Até essa semana. Essa semana, estava indo para faculdade, sozinho dessa vez. Quando olho na janela do ônibus e vejo O MESMO CARA tentando atravesar a rua. Fora da faixa, em uma rua movimentada, desviando dos carros, quase morrendo atropelado. Por um momento, eu até tive pena. Porra, o cara só tem uma perna, tá tentando atravesar a rua. Só que UNS DEZ METROS de onde ele tava atravessando, tinha uma faixa de pedestres, com semáforo e tudo. Cara, porque ele não andou dez metros pra poder atravessar de forma segura a rua? Afinal, ele esqueceu que só tem uma perna? Aquelas muletas não dizem nada pra ele?
O cara ser aleijado não é culpa dele, de forma nenhuma. Mas cadê a humildade pra aceitar a ajuda dos outros? Cadê a vontade do cara de não ser só um aleijado? Cadê o bom senso de perceber a situação que ele se encontra e se preservar? Ficar se fazendo de coitado, que cai no ônibus a cada freiada não funciona comigo não. Senta, amigo. Senta que você vai parar de ser jogado. Para de ficar exibindo a sua falta de perna como se fosse um prêmio. Para de pedir dinheiro, você perdeu uma perna, num morreu não. Para de fazer filho se você não pode sustentar. E, puta que me pariu, corta esse cabelo e esse bigode.

Um abração pra galera do American Mustache Institute!

domingo, 26 de abril de 2009

Eu te desprezo da semana: O Twitter.


Sim, este post é altamente paradoxal, confesso, porque ao mesmo tempo em que redijo esse texto, estou na luta aqui na outra aba do meu Firefox tentando carregar a página de cadastro (JOIN!) do Twitter, para que eu possa estar a par dessa tão fenomenal ferramenta de integração social.
[fenos rolando, por favor]

Atualizações em tempo real: TWITTER CRIADO.

Bem. Iremos ao que interessa: o porque do meu desprezo em relação ao Twitcher enquanto eu coloco uma fotinha legal no meu ;).
Já foi uma luta pra eu entrar no mundo do Orkut. Porque eu achava aquilo meio Avestruz Master demais, sabe. E é de fato o que aconteceu. Orkut é uma praga viciante cheia de fakes, uma bomba de vírus. Mas eu não vivo sem o meu. Talvez por eu ter essa dependência virtual pelo Orkut eu viesse tendo medo também da modinha do verão que tem sido esse Turix.
Explico melhor.
Sabe celular? Sabe TIM? Então. A TIM tem promoções de torpedos, tipo, zilhões de SMSs por apenas algumas coisinhas de reais. Se eu quiser falar alguma coisa pra algum amigo, eu mando um "popular torpedão" [/Faustão].
Lembra do Orkut? Pois bem. Se eu quiser que meus amigos saibam o que eu estou pensando, eu preencho naquele espacinho vago entitulado Defina seu status aqui, que eu geralmente utilizo para as frases de efeito que certas pessoas têm dito para mim. Ok.

Atualizações em tempo real: PERFIL DO TIO WICS ATUALIZADO.
Atualizações em tempo real: ODIEI O PLANO DE FUNDO QUE EU MESMO CUSTOMIZEI.

E tem mais. Essa coisa de "oi, me segue no Twitte(rs.)" é um saco. Se eu gostasse de ser seguido tinha entrado em um BBB ou coisa congênera. Assim, nada contra quem segue gente no Twitter, um graaaande abraço para aqueles que me seguirem no meu. Mas o que me deixa meio encucado é a palavra "seguir", e não o ato "te sigo no Twitter, gato. Bjsmesegue."
Aí vem o Toscano nesse exato momento aqui no MSN (sim, meu PC funciona assim, é Orkut, MSN pipocando, Winamp, Photoshop e agora Trulix, tuuudo aberto junto e em perfeita harmonia NOT) e diz:
[Spoiler do Toscano: ele não segue ninguém no Torics dele, mentira.]
*então
*falar uma coisa sobre o twitter que talvez você possa comentar
*o mais legal do twitter é que você não precisa necessariamente seguir quem te segue.
*não é só pq o cara é seu amigo que vc precisa aguentar ele mandando piada toda hora, saca?

Valeu Toscano!! Você me abriu um mundo de realizações com esse comentário. :P
Mas o mais legal do Twitter é saber que pessoas já me seguem antes mesmo de eu seguir alguém. Oi, sou popular na internet?!

Bem,
Minha amiga veio serelepe e saltitante me dizer: "Ai, a Britney me segue no Touíter!!!!*-*!!!111!oneTwothReeGO!!!"
...


...
Né? Nem comento mais. Se algum famoso eu seguir, será só o tio Tas, porque ele é foda pra caraaaalho. E, tá, a Susan Boyle também, se ela tiver um.
Ah, e seguirei ainda meus famosos amigos e parceiros da criação de blog. Um tem banda (a do Tosca - tósca, de Toscano, e não tôsca) e o outro uma dupla sertaneja quase stand up (o Pedruvítur).

Gente. Pra ir finalizando, botando as cadeiras em cima da mesa e apagando a luz do bar...
Odiava essa coisa de Twitter. Mas ultimamente tenho achado tudo isso necessário. Emissoras de TV apostam em notícias divulgadas nele. Empresas o usam para chegarem mais perto de seus clientes. E eu não poderia ignorar algo que certamente fará parte da minha rotina de trabalho na Publicidade. Eu não fui com a cara do Twitter? Ok, é só esperar mais um tempo, até eu me viciar em mais uma praga virtual...

Atualizações em tempo real: DELETEI O MEU PERFIL NAQUELA BAGAÇA. SACO.
mentira \0/


INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Cultura da convergência de mídias. Quando a gente for dar entrevistas para o Jô você poderá dizer que acompanhava a gente desde quando nem éramos conhecidos! Clique e confira:
Risosponto no Orkut.
Risosponto no Twitter.
Meu Twitter.
Twitter do Pedro Vítor.
Twitter do Toscano.
risosponto@gmail.com

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Enfia o seu "Timão" no...

Quando ouvimos falar do Brasil temos umas temáticas mais frequentes. Carnaval, caipirinha, verão, sol, muito sol, mulherada correndo pela praia em slowmotion, pelada na areia, e algumas outras coisas do mesmo campo semântico. Ah!, como poderia esquecer? O nosso grandioso esporte-padrão: o futebol. O que seria do domingo se não fosse o programa do Faustão - que já é uma delícia de entreterimento - sendo interrompido por partidas emocionantes dos mais diversos campeonatos futebolísticos pelo país? Eu respondo com veemência: tudo.
Ontem mesmo um amigo me indagou: "COMO VOCÊ NÃO GOSTA DE FUTEBOL? QUE HOMEM NÃO GOSTA DE FUTEBOL???11/1/ONE/?111?!1." Se masculinidade fosse estipulado por gosto, principalmente desse nível, estaríamos fodidos, não?! Não é raro estar numa rodinha em que o assunto é esse, e te perguntam 'qual é o teu time?' como se cada ser do universo TIVESSE que ter um time pra carregar nas costas. NÃO ANIMAL, EU NÃO TORÇO PRA PORRA ALGUMA, NEM DE FUTEBOL EU GOSTO. Na verdade, torcer é algo bem... engraçado na minha opinião. Podemos ter esse verbo dividido em duas categorias: quem prestigia e quem é fanático (ou quem é os dois - o que não torna como 3ª categoria porque faz parte da 2ª, whatever). Quem prestigia, beleza, ótimo, abraços pros leitores que apenas prestigiam. É normal ter certas coisas que vocês podem se espelhar, ter afinidade, admirar. Ok, até aí tudo bem, mas quando passa disso vira infantilidade. Fanatismo não é comigo. Eu juro - juro mesmo - que tento entender a razão da existência de tantas pessoas que torcem loucamente para seus times. Seu time ganha, a pessoa que tem mais dívida do mundo se torna a mais rica: "AE GALERA, UMA RODADA AÍ POR MINHA CONTA!", e quando o time perde, pra quê?, o indivíduo morre por dentro, briga com melhores amigos, chora, leva zoação, sente vergonha, e tudo isso por causa de... uma partida de futebol? Um time que não tem o menor vínculo com sua vida pessoal? Ou algum torcedor ganha porcentagem do lucro de algum time quando esse ganha o campeonato? Aí sim teria motivo pra algum torcedor pagar a tal rodada pro bar inteiro. Caso contrário... pra quê esse drama todo?
Outra coisa bastante engraçada é o tal jargão-torcedor-frenético. "TIMÃO MINHA VIDA, TIMÃO MINHA HISTÓRIA, TIMÃO MEU CARALHO, TIMÃO MORRA...", sei lá, como se fosse alguma necessidade, como se significasse tudo e a essência da vida desse infeliz fosse um bando de homem correndo atrás de uma bola. Vamos comentar um pouco sobre um caso recente. O antigo fenômeno, Ronaldo (aquele dos travestis, lembra?), jogava fora, levou um pé na bunda, teve que voltar pro Brasil, e bateu na porta do Flamengo, em primeira estância para um tratamento, mas tava ali, com sorrisinho maroto no rosto pra ser convidado a vestir definitivamente a camiseta do clube. Torcedores fizeram uniforme de boas vindas pro gordo, idolatraram-no, fizeram grito de guerra, tudo, e o cara foi chutado de novo, pela diretoria do clube. No mesmo dia que sua saída foi anunciada, torcedores do flamengo indignaram loucamente com o ex-supostojogador, queimaram as camisetas, xingaram, chutaram a mãe, etc. Pouco tempo depois, tava o fenômeno de novo na mídia. Dessa vez pra anunciar ao mundo inteiro que era simpatizante, sem preconceitos, live your life like a rainbow. Foi O_BAFAFÁ. Geral crucificou o cara, julgou, xingou, zoou ao ponto de fazer o Ronaldo ter que se pronunciar EM REDE NACIONAL sobre seu ato. Peraí, o cara se submeteu a uma humilhação nacional pra pedir desculpas? Então quer dizer cada ídolo que temos tem que dar satisfações sobre sua vida pessoal à população brasileira caso cometa algo que, de acordo com a consciencia do fã, esteja errado? Juro que não sei quem foi mais imbecil na história: os torcedores que acham que tem algum poder sobre a vida do jogador, ou o jogador que acha que realmente tem que se justificar sobre as coisas que ele mesmo faz com sua própria vida.
Depois de algum tempo, o "Timão" chamou o cara pra jogar. O mundo parou e só falava do Ronaldo. Fizeram reportagem até sobre o primeiro gol que ele fez no TREINAMENTO do time (???) Depois disso, sobre o primeiro jogo que entraria nos últimos 5 minutos de partida, e até então seu primeiro e efetivo gol valendo em partida oficial. Se ele é gordo ainda eu não sei, mas que ele aprendeu a correr novamente, isso ele fez. Depois do gol ele deu uma inflamadinha e mandou geral calar a boca. Meio que "PUTADA, GORDO É A MÃE, MORRAM!", e funcionou mesmo. É aí que tá. Bastou o cara fazer um gol que a população tá I-DO-LA-TRAN-DO o ex-gordo (e o clube que, antes, estava fodido): "MELHOR JOGADOR DO MUNDO NO MELHOR TIME DO BRASIL", "TIMÃO NUNCA VOU TE ABANDONAR, TIMÃO TAMO AE PRO QUE PRECISAR". Velho, na boa? É igual seleção: ninguém nunca lembra de futebol, mas basta chegar próximo da Copa do Mundo que geral vira patriota. Mesma coisa com esse clube aí (não só com esse, mas com a maioria que tem sua ascensão), ninguém contava vantagem de ser do 'timão', ninguém botava no subnick do msn que nunca abandonaria o 'timão' e que sua vida se resumiria no 'timão', ninguém nunca enchia a boca pra falar: 'MEU TIME É O... TIMÃO'. Depois ainda querem me convencer de que SEMPRE foram torcedores assíduos, e que mesmo quando estava na 2ª divisão nunca largaram o "AMOR ETERNO" pelo clube.
ME POUPEM dessa hipocrisia!, e poupem o ouvido do seu próximo. Não!, ninguém vai te dar brinde porque o seu time está na final e você lutou, chorou, agonizou, sofreu até ele chegar lá. Você não é melhor que o gari da esquina porque teu time ganhou do dele. Isso tudo é muito superficial, tudo muito... vago. Façam igual a mim e meus amigos. Façam de jogos de futebol, pretextos para irem pro bar beber umas e se divertir com seus amigos. Futebol tinha que ter, pelo menos, um ponto positivo nessa história toda, né?

Recado pros torcedores tímidos: não só hoje, mas sempre aceitamos comentários anônimos. Então, galera torcedora de qualquer 'timão' aí, dêem suas opiniões também, beleza? =D

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Era uma vez... (Branca de Neve)

Era uma vez, num reino muito distante, uma princesa. Essa princesa era branquela. Tipo branca fudido, saca? Tipo Michael Jackson nos anos 90,sabe? Pois é, tinha essa princesa lá. E a mãe dela tinha morrido há um tempo já e o pai dela já tinha casado de novo. Por definição, a esposa do pai dela era a madrasta dela. E essa madrasta nem curtia muito a nova filha não, aquele negócio de disputar atenção do pai e o pai ser um frouxo e não tomar partido. O pai é tão frouxo que ele nem vai fazer parte da história não, ele só serve pra você localizar a madrasta. Ok, voltando. A madrasta era doida. Sério, era doida mesmo. Ela conversava com o espelho e perguntava "Eai, espelho, quem é a mais gostosa?" e o espelho respondia que era ela. O que é nóia, né? Espelho respondendo, meu saco. Ela que se respondia. Que seja, ela era doida e com doido a gente não discute. Pois é, ela sempre se perguntava que era a mais bonita e sempre se respondia que era ela mesmo. Só que um dia teve um problema, e é aqui que começa a ficar interessante. A madrasta (que era doida) um dia se perguntou e teve uma resposta diferente. O espelho disse pra ela que quem era a mais bonita nem era ela não, que ela tava viajando e que ele preferia mil vezes comer a princesa anêmica do que aquela coroa que ficava enxendo o saco dele todo dia. Pois é, doida. "Ah, meu reflexo discorda de mim!". Depois dessa epifania onde ela descobriu que a enteada dela era mais bonita que ela, ela surtou. Mais ou menos, né? Ela já era meio surtada. Então, ela chamou um dos serviçais do castelo e falou que ele tinha que dá um sumiço na menina pálida. Como um bom lacaio, ele foi dar um jeito nisso (ele devia estar comendo, ninguém faz esses favores de graça assim). Sequestrou a menina, levou ela pro mato e estuprou ela ficou com dó dela. Então em vez de matar, ele largou ela no mato e falou pra ela num voltar mais pro castelo que a madrasta tinha mandado ele matar ela e que ele ia matar um carneiro, fazer um churrascão na laje e levar o coração do carneiro pra madrasta falando que era o dela. Tudo bonito, o serviçal comendo a madrasta de novo, a princesa perdida na floresta. Como a menina não podia (nem sabia) voltar pra casa ela ficou lá na floresta mesmo conversando e cantando com os bichinhos, até que (essa é minha parte preferida) ela encontrou uma casinha pequenina, com móveis pequenos, cômodos pequenos, camas pequenas, cadeiras pequenas era... UMA CASA DE ANÕES, CARA! TIPO, UMA CASA ADAPTADA, SACA? COM ESCADINHA NA PIA E TUDO MAIS. E não era apenas um anão que morava na casa, contando as camas tinha pelo menos uns SETE ANÕES. Cara, imagina uma casa com sete anões? Sensacional. A princesa, que não tinha muito o que fazer nem pra onde ir, deu uma geral na casa, juntou umas 5 caminhas de anões e foi dar um cochilo. Os anõezinhos que moravam na casa, que realmente eram sete, trabalhavam numa mina de diamantes. Não era muito claro se eles eram irmãos ou se moravam juntos apenas pela casa ser perto da mina. Também não era claro se antes haviam mais anões que trabalhavam na mina ou se eles eram personagens do Senhor dos Anéis. O importante é que eles voltaram pra casa depois do serviço, cansados e encontraram uma menina na flor da idade deitada na cama deles. Eles, como anões e trabalhadores de minas não são acostumados a ver muitas mulheres então eles fizeram um gang-bang nela estavam realmente assustados com aquela situação toda. O mais velho deles, chamado de "Mestre" foi sensato e disse a todos pra esperar ela acordar pra ver o que estava acontecendo. A princesa acordou, explicou pros anões que tinha sido expulsa de casa pela madrasta e que cozinharia, limparia a casa e lavaria as roupinhas dos anões em troca de abrigo. Os anões concordaram apesar de ela deixar claro que não haveria sexo. E lá ficou nossa princesa, morando com sete anões. Eles trabalhavam o dia inteiro, enquanto ela colhia frutas, arrumava a casa, conversava e cantava com os animais do bosque encantado e cozinhava para receber os anões de noite. Eles faziam festas, bebiam, dançavam em volta dos seus sombreiros e chutavam a própria cabeça, lutavam muaythai, esse anõezinhos malandros. Tudo ia bem até que... Lembra da madrasta doida? Pois é, mesmo depois de dar um sumiço na filha postiça, de dar uns amassos com o serviçal, ela ainda era noiada com a parada do espelho e continuava perguntando quem era a mais bonita (e se respondendo). O esquema é que ela fez a tal pergunta ("Quem é a mais transona do reino?") e ela novamente recebeu uma resposta que não queria ouvir: "Não és tu, nem a Cinderela. A mais transona é tua filha branquela". O que poderia ser explicado por esquizofrenia, uma simples múltipla personalida ou transtorno bipolar, foi interpretado como uma resposta do espelho. E foi assim que a madrasta descobriu que a princesa tava viva. Ela chamou o serviçal, pagou um puta sapo pra ele e mandou ele para a forca. De nada adiantou o sermão, né, já que ele foi pra forca. Antes de morrer, o serviçal confessou que tinha ficado com pena da menina ("Tadinha, ela era tão anêmica") e soltou a menina na floresta pensando que ela morreria de desitratação, queimaduras de sol ou seria devorada por ursos. E quem morreu foi o criado mesmo. Nada contra o proletariado, um abração pra todos nossos leitores proletariados, mas esse cara mereceu morrer mesmo. Se eu fosse rei e mandasse algum criado fazer alguma coisa e ele não fizesse eu matava mesmo, sem dó. Voltando, o que a madrasta fez? Ela pensou "Se você quer que algo seja feito, faça você mesmo" e foi atrás da menina na floresta. Em pouco tempo, e com o uso de informantes pela florestas (nunca confie em animais que falam)ela descobriu que a menina estava de empregada doméstica pra uns anões que trabalhavam numa mina de diamante. A madrasta se disfarçou de velhinha vendedora de maçãs e foi bater na porta da casinha dos anões uma hora em que a empregada estaria sozinha. ela bate na porta:
- Quem é?
- É uma simples velhinha querendo vender umas maçãs.
- Os patrão tá em casa não. Tenho dinheiro não.
- Ô menina, você tem uma voz tão doce, abre a porta e venha comprar umas maçãs.
- Por que alguém compraria uma maçã da senhora? Estamos na floresta, o que mais tem por aí é maçã.
- ABRE A PORRA DA PORTA AE E COMPRA A MERDA DA MAÇÃ, DOMÉSTICA MALDITA!
- A senhora é muito grossa, vou abrir a porta não.
- Desculpa, minha jovem. Abre a porta que eu lhe darei uma maçã de graça.
- Ah, de graça eu quero, né? Sabe como é, a gente num recusa coisa de graça, né dona?
Aquela, né? Sua mãe não te ensinou a não aceitar doces de estranhos? Pois é, a menina inocente mordeu a maçã que estava envenenada, vendido por sua própria madrasta disfarçada de velhinha insuspeita. Caiu na hora. A madrasta voltou pra casa triunfante. Quando os anões chegaram em casa depois de um longo dia de trabalho, encontraram seus quartos sujos, não havia comida pronta e nem cuequinhas de anões limpas. Um absurdo, enquanto três deles discutiam quem tinha falado que ela iria embora na primeira oportunidade outros três pensavam em como iam limpar a casa agora que a menina tinha ido embora e um procurava a menina. O menor deles (que devia ser bem pequeno, visto que eram anões), que tinha nome do ex-técnico da Seleção Brasileira de Futebol. O mais burro deles. Não o técnico mais burro, mas o anão mais burro. E foi ele que encontrou a menina desfalecida no quintal do lado de fora. Depois da comoção geral, discutindo se ela estava dormindo, era epilética ou tinha morrido mesmo, chegaram ao consenso de que, já que ela estava fedendo, ela morreu e que iam enterrar ele no outro dia. Colocaram em vários caixõezinhos unidos por fitas tape e deixaram ela no quintal mesmo pra enterrar. No outro dia, todos os anõezinhos colocaram seus terninhos pretos e foram enterrar a princesa. Durante o cortejo fúnebre, passa um cara montado em um cavalo e vê a cena, no mínimo, inusitada (pra não dizer bizarra). Sete anõezinhos de terno levando uma caixa imensa de madeira. Eu riria se eu visse isso. De verdade. Então, o cavalheiro/cavaleiro, se identificou como principe e perguntou o que tinha acontecido. Depois de ser informado da trágica morte da princesa ele pergunta se pode dar uma olhada na princesa. Apesar de os anões terem achado aquele pedido meio esdrúxulo, eles eram sete anões levando uma caixa imensa de madeira, quem eram eles pra julgar se algo é esdrúxulo. Deixaram. O príncipe, que há pouco tinha feito aulas teóricas de direção, sabia tudo sobre primeiros socorros. Olhou para os peitos o pulmão dela, observou a respiração, o pulso e realizou a técnica de desengasgo Heimlich. No que a menina cospe o pedaço de maçã fora e acorda! Os anões entram em festa, o príncipe pulava feliz e a princesa ressucitada contando sobre sua Experiência de Quase Morte. O príncipe encoraja ela a voltar para o reino e contar tudo para seu pai, que mal tinha notado que a filhava andava meio sumida. E assim acontece. O rei expulsa a esposa de casa, Branca de Neve se casa com o príncipe e os anões começam a receber uma pensão do rei, o que possibilita eles a abandonarem a mina de diamante, construírem novas adaptações para anões na casa e contratarem uma nova empregada. E eles (os anões) viveram felizes para sempre.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quem é Susan Boyle?

Tinha tudo para dar errado.
Uma roupa esquisita. Ela parecia estar enrolada em uma cortina. Suas sombrancelhas eram maiores que as minhas. O cabelo assumia uma forma estranha. E ela ainda por cima se achava engraçada o suficiente para conseguir o carinho do público.
Susan Boyle. Quarenta e sete anos, "Nunca Fui Beijada".
Tá. Ela também não se casou, e vive sozinha com Peebles, um gato de dez anos que lhe faz compania.
Engraçado né?
Pois é. E a plateia inteira, já com vergonha alheia, esperou ela começar a cantar.
O resultado?

Veja o vídeo completo e com legendas em português clicando aqui.

Né?
SUSAN BOYLE! O novo fenômeno da internet. E um sucesso merecido.
Sério, deixemos o humor de lado e vamos analisar a edição do vídeo completo.
Fiquei incrivelmente vidrado nos detalhes, como a roupa dela, os cabelos, a música da edição antes de ela cantar, as expressões da plateia e dos jurados... Tudo estava conspirando a favor dela virar "A" piada da noite.
E fiquei fascinado com os detalhes durante e após a apresentação: as novas expressões da plateia e do júri, os sorrisos dela, enfim.
Mas o que me fez quase chorar (sim, quase chorar) de verdade foram seis momentos:
Acompanhem no vídeo completo.
0:27 - Ela aparece comendo um bolo! Sozinha, sentada atrás de todos. Repito, SOZINHA.
Caara, isso cortou meu coração.
1:34 - A dancinha de demonstração do nervosismo dela.
2:18 - O sorrisinho beeem discreto, como alguém que diz "Deus, me ajuda".
4:51 - Ela indo embora antes do tempo, sem saber ao certo o que estava fazendo.
6:15 - As aprovações dos jurados e as reações dela (inclusive a melhor, o grito aos 6:40).
6:54 - Os momentos finais, com ela completamente fascinada com aquilo tudo.

Susan, virei seu fâ furévah!

MAAAAA...AAAASSS!!!!!!!1OnE!
Risos.
Ainda prefiro o novo sucesso "Ken Leee", que anda rolando por aí na internet váááááááriash veeezish!!

E como sou uma pessoa boazinha, ainda disponibilizo a letra:

"No one ken to ken to sivmen,
nor yon clees toju maliveh,
when I gez aju zavateh na nalechoo more,
new yonooz tonight molinigh yon sorra shooo,
yes ee shooo, ooo...
Ken leeee. Tulibu dibu douchoo.
KEN LEEEeeeEeEEe!!!!1OnE!
Ken leeee meju more"

Já tá tocando no meu player direto!
=P

UPDATE URGENTE!
Toscano me surpreende com a bomba do ano. Susan Boyle, a coisinha mais fofa do universo...
Me recuso a acreditar.
Mentiiira, aqui no Brasil aconteceu coisa parecida...
Enfim... Leiam a notícia aqui embaixo. Nem consigo contar!
Susan Boyle, de bruaca cantora à atriz pornô.

Meu. Meu! Agora imaginei ela em posições variadas de Kama Sutra cantarolando "I Dreamed a Dream", bem na parte que diz:
"He slept a summer by my siiiiiide.
He filled my days with endless wondeeeeeer..."

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Toda criatura viva na Terra morre sozinha"

Quem me conhece sabe que eu sou muito chato pra filmes (leia-se: muito). Como já ouvi muito de amigos meus, "O Pedro tem um estilo de filme, e não passa disso", e é verdade. Gosto muito de cinema, e até costumo brincar que se um dia eu der uma de cineasta vou ser lembrado por ter tal tipo de dinâmica cinematográfica, uma marca própria, algo que vão ver e se lembrarão de mim. (/prepotência). Não que eu só goste de filme de tal gênero, ou com tal temática, longe disso - nesse quesito eu tento ser o mais "eclético" possível -, mas quando se trata de filme, pra mim, tem que ter um bom começo, um bom desenvolvimento, e um bom desfecho, indiscutivelmente. É aí que os tais filmes densos pecam, e é aí que entra o Donnie Darko.


"28 dias; 6 horas; 42 minutos; 12 segundos. É quando o mundo vai acabar". "Por quê?" perguntou Donnie Darko. É essa a resposta procurada pelo protagonista, e quem se propõe a ver o filme. Sem dúvidas um filme de alta bagagem temática, abordando assuntos de uma forma complexa vista pela sociedade em geral. O dilema da possibilidade de viajar no tempo, por exemplo. Einstein gastou boas horas de seus dias para poder fazer a apresentação da "Teoria Geral da Relatividade" em que tornava viável a idéia de se deslocar no tempo e no espaço caso fosse possível se movimentar mais rápido do que a velocidade da luz, o que hoje diz ser improvável. O que poucos sabem, é que essa grande obra de Richard Kelly deu margens à produções conhecidas como "Efeito Borboleta" e o inesquecível "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", filmes de grande gosto popular que abordam, de uma forma mastigada, a densa temática do filme Donnie Darko ('Donnie Darko' EUA, 2001).

Antes de mais nada vale lembrar que o filme conta a história de Donnie Darko, um garoto posteriormente diagnosticado com
esquizofrenia. Ele e sua família resistem a um acidente provocado pela turbina de avião que cai em sua casa vindo do nada. A partir daí, Donnie é surpreendido por aparições de um coelho (COELHO!!!!?) misterioso, que o avisa que o fim do mundo irá acontecer dentro de 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos, e deixa explícito que o garoto é o único capaz de reverter a tal situação catastrófica. Após esse dia, uma série de acontecimentos maléficos vem à tona, confirmando a teoria do coelho. A origem de Frank juntamente de seus devaneios gera confusão até ao próprio protagonista em relação ao tempo. E é essa a temática do filme. Brincar com a idéia que as pessoas têm a cerca do passado, presente, e futuro.

Como dizia Einsten, o tempo não flui como um rio, onde ele nasce no passado e desemboca no futuro. "O tempo é um rio
congelado". Seria sim possível viajar no tempo, mas impossível mudá-lo, mesmo porque tudo lá já fora feito, está congelado. É como se existisse vidas paralelas. Um "você" que resolveu ir por tal caminho, e outro "você" que decidiu tomar outros rumos. Ambos estão vivendo suas vidas agora, cada um com destino diferente por consequência de suas escolhas. E foi isso que Donnie se propôs a fazer, tentar evitar toda desgraça que aconteceu cedendo sua própria vida, assim trilhando um caminho diferente, e não mudando o seu destino. Basta um raciocínio simples: se ele não tivesse sobrevivido àquele acidente, nada disso teria acontecido. Na volta ao passado, a turbina do avião que estava prestes a cair pela qual sua mãe se encontrava, foi também sugada pelo túnel do tempo. Isso explica a tragédia do começo.

O filme, sem dúvidas, gera discussões bem argumentadas sobre o assunto. E esse é o objetivo. Seu roteiro denso e versátil
estimula a criação das mais diversas hipóteses acerca das temáticas abordadas, sendo assim considerado um filme altamente intrigante praqueles que procuram uma explicação viável para os fatos ocorridos. Na minha humilde opinião, o diretor tinha uma temática bacana e fez uso de um roteiro denso, muito denso, até arrastado demais. Não basta um filme ter toda uma idéia, uma discussão, bons atores, boa trilha e uma dinâmica falha. Todo mundo costuma defender filmes densos ('Laranja Mecânica', 'Um estranho no ninho', 'O Jardineiro Fiel', 'Onde os fracos não tem vez', 'Sangue negro', afins) que na maioria das vezes são os tais "clássicos", como se isso fosse sinônimo de qualidade. O filme poderia ser isso tudo, porém com um desenvolvimento melhor trabalhado, não?!, algo que chamasse a atenção do espectador até seu fim, que passasse a agonia, ou a espera, ou insiraaquiosentimentopropostopelofilme. Às vezes tenho em mente que 'bons filmes' pra algumas pessoas são aqueles que causam bocejos. Meio que "JESUS, ME LEVA! EU NÃO CONSIGO MAIS ASSISTIR ESSA MERDA DE FILME", mas a vontade de ver "de qual que é" do filme é maior ainda. Daí quando o filme acaba, eles pensam "VELHO, ESSE FILME NÃO PODE SER TÃO RUIM ASSIM, DEVE TER ALGUMA COISA AÍ, E É BOM QUE TENHA MESMO SENÃO EU VOU PEGAR UMA TESOURA E ENFIAR NO MEU OLHO AGORA". E então começa o trabalho pseudointelectual de pesquisa pra achar qualidades no filme. A busca é tamanha que eles fazem uma superinterpretação (pra quem não sabe, o termo remete a idéia de, trocando em miúdos, achar coisa onde não tem) e "NUH, É ISSO AÍ, ESSE FILME É BRILHANTE!!1//11ONE!?!/", sendo que nem o diretor teve a tal idéia equivocada-viajante (do "crítico" de cinema) ao fazer o filme.

Dá pra brincar muito com os assuntos interligados na área da filosofia e da física que o longa aborda. Mas um bom filme não se baseia somente em idéias e sim em técnica, e nesse quesito o filme deixa a desejar. E volto a falar: opinião MINHA, e até prefiro que vocês tenham as suas próprias, e de preferência as exponham aqui - sem acidez e/ou insultos - em forma de comentário, meus caros amados leitores.

sábado, 11 de abril de 2009

Dissecando profissionais: Publicitários.

Já que esse blog é feito por três aspirantes a publicitários, nada mais clichê do que desmistificar essa profissão, tão menosprezada por alguns.

Iremos por tópicos que é mais fácil e organizado.

1. Publicitário é egocêntrico.
Sim, em parte está correto. Mas isso se resume muito ao ambiente de trabalho. Porque criar uma peça publicitária é que nem fazer um filho, só que sem sexo no meio (ou não). Você sabe que fez, mas não sabe o que vai sair dali. Mesmo assim você cuida e defende aquilo com unhas e dentes. E é comum a gente se apegar à nossa super mega plus blaster criação. O problema é que como em qualquer lugar, existem os seres egocêntricos por natureza, que demonstram seu ego em festinhas, baladas, faculdade, reuniões, velórios, casamentos... Já ouvi aspirante a publicitário dizer para uma menina que ela não queria carona dele porque o carro que ele tinha não era rebaixado. Ó: Link da carinha de aprovação.

2. Publicitário não se dá bem com Jornalista.
Mito!! Tá que eu não converso com estudantes de Jornal na minha faculdade (é porque não sou amigo amiiiigo de nenhum, pessoal) mas a gente chegou a perceber uma espécie de disputa de poderes entre nossos veteranos e o pessoal pseudojornalista (pseudo aqui porque eles ainda não se formaram, eu por exemplo sou um pseudopublicitário) e isso não tem fundamento nenhum. A gente pergunta para PPs o porquê da briga com jornal e eles respondem: "Ah, nem sei, mas eles são muito imbecis."
Olha. Nada contra pseudojornalistas. Um abraço para meus amigos pseudojornalistas!

3. Publicitário não trabalha.
Mentira. A gente trabalha muito. E começa tudo na faculdade. São trocentos textos para ler, como em qualquer curso. Em estágio a cobrança é maior. No trabalho tem a cobrança de clientes que acham que sabem de tudo e que tem como você criar toda uma campanha, montar as peças, mandar para os meios de comunicação escolhidos e colher sucesso em uma semana. Ok que um de nossos trabalhos é ir ao cinema, ouvir músicas, ler revistas e tudo mais, mas a gente rala sim. Se vida de publicitário fosse boa Roberto Justus não precisaria estar fazendo bico na Record e, Só Entre Nós, nem complementando renda gravando CD.

4. Publicitário é rico e tem vida de rei.
AHAHAHAHA! A minha chefa/professora no estágio/faculdade tem um Fiat Uno. Naaada contra os Fiat Unos, um abraço para os Fiat Unos... O salário é legal, uns oitocentos, mil reais. Mas não dá para muita coisa. Legal mesmo é vencer O Aprendiz 6, ser contratado do Justus, ganhar um milhão e ter um salário mensal de dez mil reais. Ah, se fosse sempre assim...

5. Publicitário só cria. O computador (ou um designer) faz o resto.
Nada contra os designers...
Cria. E pensa. E planeja. Executa, erra, acerta, apanha, cai, levanta, ri, bebe, abstrai, rabisca, fica horas na frente de um computador escolhendo cores, layouts, sabendo que se fizer uma cagadinha de nada o cliente vira onça, a campanha pode ser um desastre, a agência pode perder dinheiro. E tudo porque ele não escolheu a cor certa. Existem mais coisas entre o que um simples amarelo pode significar do que você imagina.

6. Publicitário adora quem acha que ele faz de tudo um pouco.
"Nossa. O Gabriel quando acorda tem uma voz tão boa. Imagino ele daqui há alguns anos apresentando o Jornal Nacional. Risos." Né? Gente, publicitário não vai fazer programa (insira aqui sua piada de mal gosto) na Globo. E odiamos quando pedem pra gente pintar uma faixa pro João do Caminhão botar na frente da casa pra vender o fogão de 18 anos. Odiamos quando uma tia míope nos pergunta o que achamos da nova propaganda do tal Monange com a Xuxa espremendo 784 litros de creme hidratante no corpo enquanto assovia a canção. E abominamos ter que comentar sobre Regina Duarte feliz em quaisquer propagandas de Arroz Cristal.

E como tudo aqui tem sido mito derrubado... Algo verdadeiro:
7. Publicitário vê solução pra tudo.
Tá com problemas na empresa? Vamos beber. Lá a gente conversa e descobre a solução. Tá com dúvida sobre alguma coisa? Vamos beber. Terminou um caso? Vamos beber. Quer pegar alguém? Vamos para um bar, beber. Quer ser feliz? Beber. Triste? Beber. Beber? Beber. Beber. Beber. A gente bebe de tudo. Inclusive sucos e água (né não Toscano?). Mas a gente sempre fica mais alegre quando se reúne com amigos para falar coisas sérias ou não. Publicitário, mais do que ninguém, gosta de curtir essa merda de vida divertida pra caralho, porra!
Ronaldo.
=P

PUBLICIDADE (RISOS.)


quinta-feira, 9 de abril de 2009

"Eu te desprezo" da Semana: Mallu Magalhães.


Lembro-me como se fosse ano passado quando, ano passado, me mandaram o myspace de uma menininha de uns 15 anos que cantava e tocava umas músicas bonitinhas e que estava fazendo um certo sucesso pela internet a fora. Entrei, ouvi as músicas e pensei "Né? É bonitinha mesmo, tem futuro, pode crescer e essas coisas". Como eu costumo correr atrás das coisas que me agradam, fui no youtube e vi uns vídeos dela fazendo umas participações em programas de internet. Tipo um daqueles programas que grandes portais fazem pra ser veiculados basicamente em seus sites, sabe? Pois é. Primeiro achei um vídeo dela cantando em português, achei legal até, as músicas dela em português tinham um charme juvenil e ingênuo que não era tão passados assim nas músicas disponíveis em seu myspace. O problema começou quando achei um vídeo dela cantando "Folson Prison Blues" do mestre Johnny Cash. Horrendo. Sério, não consegui terminar de ver o vídeo pois meu cérebro estava com vontade de sair da minha cabeça e pular pela janela. Com certeza, a caveira do Mestre Cash estava arranhando a tampa do caixão naquele momento (e continua arranhando cada vez que alguém vê aquele vídeo).
Depois disso as coisas só pioraram, ela foi dar entrevistas para a grande mídia. Pior, ela foi dar entrevista no Altas Horas em um dia em que EU ESTAVA ASSISTINDO. Monossilábica, com ar avoado, e porra! ELA FEZ UM DESENHO DE DUAS PESSOAS DA PLATÉIA ENQUANTO ESPERAVA ENTRAR NO PROGRAMA. NÉ? A impressão que tive foi que ela era só uma criança, mas foi quando eu comecei a pensar que com 15 anos, eu não era assim. Com 10 anos eu não era assim. Tenho minhas dúvidas se com 8 anos eu era assim.Pouco tempo depois, ela veio dar um show em Goiânia (Rock City, segundo alguns roqueiros bairristas). Como foi em um festival com muitas outras bandas, eu estava lá. E entrei no show, mesmo com as milhões de pessoas que queriam entrar, eu dei um jeito. E foi aquilo né, ela cantou umas 4 músicas, jogaram chiclete nela ("Por que vocês jogaram chiclete em mim? Vocês não gostam de mim?") e MAIS JOHNNY CASH. Sério, o que eu fiz pra merecer ver aquilo ao vivo? Eu devo ter usado o nome de DIO em vão. Só pode.
Mas não, não acaba por aí, pouco depois de eu descobrir que ela namorava o Hélio Flanders (diga-se de passagem uma das pessoas mais desagradáveis que já presenciei), descubro que ela largou o tal vocalista do Vanguart para ficar com... (suspense) Marcelo Camelo! Foi quando todos pensamos: "Mas ele num era casado? Ele num tem 40 anos? Ele não tem bom senso? Ela não é legalmente retardada?". Apesar dos protestos gerais, eles continuaram o relacionamento, gravaram juntos, tocam juntos em shows. E quando ela vai dar entrevistas, apesar de responder com "Uhum" e "Não" as perguntas que exigem uma resposta com mais de três palavras, quando ela ouve a palavra "Camelo" ela junto todo seu léxico conhecido para dizer a frase "O que isso tem a ver com minha carreira?". TUDO, minha filha. TUDO. Ou você acha que teria durado tanto tempo se não tivesse conseguido um "apadrinhamento tão forte" quanto o do Loser Mano?
Mallu Magalhães, você definitivamente não será a "Next American Top Model".

terça-feira, 7 de abril de 2009

"NÃO!"


Todo homem, ao completar 18 anos (ou no ano em que se completa), deve se alistar em alguma Junta Militar. Todos nós do sexo masculino sofremos dessa incerteza até chegar nossa dispensa. Minha espera, ao menos, sempre foi muito traumatizante. Meu pai sempre 'brincou' com o fato de eu poder ser requerido 'pela Pátria', sempre me passou medo do que é fazer parte do exército. Lembro-me até hoje quando eu ia pra chácara da minha tia e passávamos em frente ao quartel e eu via aquela dúzia de soldados vigiando, com olhares atentos e cansados, e meu pai rindo da minha desgraça de poder estar ali dentro de alguns anos.
Há uns 15 dias eu fui à Junta Militar mais próxima me alistar. Chegando lá peguei minha senha e fiquei esperando até chegar minha vez de ser atendido pela senhora-mal-comida-do-exército. "Próximo aê!" foi o que me autorizou chegar próximo do balcão. Algumas perguntas rotineiras (pra eles) como 'estado civil', 'habitantes na casa', 'renda mensal', e etc, foram feitas pra mim. Mas ainda não veio a pergunta mais esperada. "Quer servir?" foi o que ela disse em um tom meio alto e sem páciência. Tipo, o fato de eu ter escolha causou merda na minha cabeça, fiz o que eu não deveria fazer. Aquilo soou o paraíso no meu ouvido, então em um ímpeto eu fui, no mínimo, desesperado pra responder a pergunta. Eu, simplesmente, gritei "NÃO!" - em um tom que nem eu esperava. Não só ela, como o pessoal de toda Junta me olhou espantado. Inclusive eu. Aquele 'não' ficava ecoando naquela sala pequena e só quando parou que ela olhou pra mim com uma cara de nojo Tyra Banks e voltou a digitar no computador Windows 98 dela. Agora pronto. Essa era a hora que a mal comida iria escrever no campo de 'observações' que tinha um moleque imbecil que tava fazendo zoação com o exército. Conseguia ouvir na minha cabeça meu pai rindo da desgraça que eu tinha feito. Conseguia ver ele apontando pra mim em meio a gargalhadas e dizendo "Falta pouco, rere!". É um filho da puta mesmo.
Quando tudo acabou descobri que eu ainda vou ter que ir àquela Junta em agosto pra ver se serei pré-dispensado ou se eu ainda terei que ir ao quartel pra sessão-constrangimentos. Não sei se isso é lenda, ou algo que acontecia só antigamente, mas cara, o tal de ficar pelado com outros 'x' machos em uma sala é no mínimo constrangedor e absurdo demais. Mas é aí que eu penso: isso é pros aspirantes a soldados terem consciencia que essa é uma vida de cão e que isso é só o começo. Ok, já tô me preparando caso eu tenha que me submeter a isso, vou com um óculos de uns 7 graus, vou mancar, dizer que tenho AIDS, que sou gay e estou em uma pesquisa de extensão pra NASA e que não faço o perfil deles. Daí lembrei que alguém tinha comentado comigo que alunos de universidades federais tinham, na maioria das vezes, mais facilidade pra serem dispensados. Mas por via das dúvidas, né? HAHA.
Na real eu acho isso tudo uma babaquice. O Exército tá com pouca verba, isso já foi anunciado. Incrívelmente ainda há pessoas que preferem seguir vida militar, ou seja, terão aqueles que irão querer servir. Se já tem essa cota de quem se interessa, por que eu devo 'marcar presença' só pra falar que eu não quero servir? Porque na real eu não entendo. Eles juram que vai chegar alguém lá com um padrão de vida bacana, um trabalho, uma faculdade a se seguir, e depois da tal pergunta vai rolar algo do tipo "Nossa, POR FAVOR, tudo o que eu mais quero na minha vida é servir o Exército!!/1/1ONE/1/!!" (NOT).
Então enquanto essa hipocrisia prevalece, vamos continuar os sorrisos falsos e a simpaticidade necessária pra conseguir a tão sonhada dispensa. E ah, só um toque pros iniciantes, contenham-se quando a tal mulher perguntar se vocês querem servir. É algo a menos pra se preocupar.

domingo, 5 de abril de 2009

O Melhor Carnaval do Mundo

Eu não gosto de carnaval, isso é um fato. Não me agrada esse clima de descontração e folia, poucos dias durante o ano para desestressar do resto do ano. Obviamente me agrada muito o feriado prolongado, mas nisso o carnaval não difere muito de qualquer outro feriado que caia numa quinta feira. Por consequência, eu nunca iria pra Bahia, já que me disseram que na Bahia é sempre carnaval, e pior! É carnaval sem a parte boa, o feriado, só tem o clima de alegria e descontração o ano inteiro, eu não suportaria. Me disseram também que na Bahia as pessoas pagam mais de mil reais para ir em um show do Chiclete com Banana durante o carnaval. E aquele papo de que as pessoas na Bahia são pobres? Mentira! A não ser que o cara trabalhe o ano inteiro pra pagar o carnaval, porque eu não tenho milzinho nem pra comprar um videogame vou ter pra ir em show de Chiclete com Banana? Sem contar que o mesmo show aqui em Goiânia deve ser uns sessenta reais, tudo bem que não tem os candangos sem camisa (nada contra vocês, adoráveis leitores de Brasília, abração pra galera de Taguatinga, Guará e Candangolândia) tentando estuprar sua amiga e bater no seu amigo enquanto passam o suvaco suado na sua cara pra não derramar o copo de cerveja, mas isso não desvaloriza tanto o show assim, desvaloriza? Tudo bem que como lá é carnaval o ano inteiro, quando é carnaval tem que ser o Melhor Carnaval do Mundo, mas isso não justifica, porque se você perguntar pra qualquer pessoa que estiver passando o carnaval em qualquer lugar, essa pessoa vai dizer que lá é o Melhor Carnaval do Mundo. Sério mesmo, pergunta pra alguém que estiver no meio do show do Calcinha Preta em Benjamim Constant na Amazônia se lá não é o Melhor Carnaval do Mundo e ele vai te dizer que com certeza é! E ele nem deve ter pagado nada pra ir no show que foi bancado pela prefeitura para que o barulho espantasse os índios e macacos da cidade. (nada contra vocês, adoráveis leitores de Benjamim Constant, abração pra galera de... Benjamim Constant). O interessante é que com os mil reais pagos pra ver o show do Chiclete com Banana em Salvador, daria pra você ir pra Benjamim Constant, ver o show do Calcinha Preta, dar uma volta de balsa e voltar pra Salvador pra... sei lá o que se faz em Salvador quando não é carnaval. Ou melhor ainda, você pode comprar um videogame e ficar em casa com sua namorada, o que é a melhor opção pra mim. Até porque eu não acredito que alguém vá nessas micaretas porque gosta do Asa de Águia. Alguém realmente gosta de axé? Tipo, coloca no ipod e ouve enquanto tá no ônibus? Ou paga mil reais pra ficar no meio de um monte de gente suada pulando enquanto pega mulheres feias? Eu, sinceramente, tenho minhas dúvidas.

Ps. Nada contra vocês, adoráveis leitores da Bahia, abração pra galera de Salvador, Porto de Galinhas, Santana e Feira de Santana.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Eu te desprezo" da semana: Ângela Bismarchi.

A noitada foi toda boa, festei demais, bebi demais, gastei demais, ganhei garrafa de vodca!!! Enfim. Estava tudo perfeito.
Mas como as coisas sempre caminham para um gran finale...
Na volta para casa, de carona, ouço uma canção que me encheu os olhos de lágrimas. Alguém aqui conhece a pseudomúsica brejeira-cowboy-cult I Don't Want To Talk About It?
Pois então. Disponibilizarei o link para download do sucesso no fim do post.
O fato é que o carinha cantando é um saco. Bom mesmo é a partir dos 47 segundos:
AIDO UÂÂÂÃÂÂÃÃÂÃÂaÂÂÂ-NÁ, TAUCA BÁRITt HRRÁUINBRÕM MAI RARS!!!1OnE!
Como assim que Ângela Bismarchi resolveu cantar de verdade?
Me lembro de como tudo começou, quando ela ainda dizia para Leão Lobo que estava estudando, se aperfeiçoando para poder levar a música a sério mas, né? Daí a já ter três músicas disponibilizadas na internet é um pulo catastrófico (e de cabeça) para o fundo do poço das celebridades emergentes.
E o pior é que tudo foi minunciosamente pensado. Ela tem investido muito em divulgação, em marketing pessoal... A nível de comparação, ela fez cerca de 41 cirurgias plásticas (número não confirmado que a gente finge duvidar), voltou a ser virgem para agradar o marido (não é uma linda prova de amor?), desfila vááárias vezes no Carnaval, posou pelada e tem um site pessoal traduzido até para o inglês, enquanto a absoluta Stefhany, apesar do "sucesso" na internet, tem um site cheio de elogios como "véi, tu é muito feia, sem logica. faz uma plástica" (recadinho de Danete) ou "faz um favor pra gente e pára" (por Bom Senso) e só agora apareceu no programa do Gugu, chorando muito por ter falado com Amado Batista pelo telefone!
Risos.
É aí que a gente vê que Bibi tem futuro, visa coisas grandes, o sucesso! =)
Sou Ângela desde criancinha e vou ser o primeiro a comprar o CD da sua (pausa) dupla sertaneja (engasga) Ângela Bismarchi & Marlon, NOT.

Porque cantar é para poucos, ser absoluta para algumas.
Mas ser tão cara de pau como é Ângela Bismarchi...
"Aálô galerë de caubói, aálô, galerë de pião, vou cantar no Rodeio e espantar a multidão!!" (SMACK SMACK)

E o download da música, como prometido, está aqui!
Gente, na boa, compensa. Sérião... Rola de baixar só pra cantar junto a parte do
AIDO UÂÂÂÃÂÂÃÃÂÃÂaÂÂÂ-NÁ, TAUCA BÁRITt HRRÁUINBRÕM MAI RARS...

Ehehehehehe!!


UPDATE:
O site da Stefhany saiu do ar. Mas já voltou, fiquem tranquilos.
O site em ingês da Ângela Bismarchi na verdade é um link que traz uma reportagem de duas páginas sobre ela (e suas plásticas) na revista Closer (abril/maio 2008).

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Insanidades do cerrado

Faz um tempo que eu tô querendo escrever um pouco sobre a minha cidade e suas esquisitices. Pra quem não sabe, eu moro em Goiânia, cidade essa que abriga um pouco mais de um milhão de pessoas, tem o sertanejo e o axé como repertório musical padrão, pessoas que falam cantando, puxam o "R" igual ao interior paulista e que dizem que Goiânia só não é perfeita porque não tem praia, como se esse fosse o único defeito da cidade. Bem, Goiânia é uma cidade bonita, pacata que oferece tudo (ou quase tudo) o que uma boa metrópole poderia oferecer, porém com apenas 5% da violência que normalmente é vista nesses locais. E mesmo assim, particularmente, eu nunca pensei em viver minha vida aqui. Dois motivos: 1) Por causa do "'ou quase tudo' o que uma boa metrópole poderia oferecer", com sua enorme falta de área na profissão que eu escolhi (trabalhar com material audiovisual, produção de tv) e 2) não ter praia. Tô zoando (risos.) Não suporto o clima daqui. Sempre invejei os estados 'banhados' pelo frio, pela temperatura média abaixo dos 20°, e eu aqui, provando do aroma delicioso que escorre pelos braços dos trabalhadores goianos nos ônibus nesses dias em que a temperatura beira os 40°. Ok, são detalhes, e falar sobre a cidade em si não é meu objetivo nesse texto de hoje. Todas as vezes que Goiânia aparece na tv é pra merda. Diga-se de passagem: muita merda. Sejamos cronológicos:
Em 1987, aparelhos usados em radioterapias foram furtados das instalações de um hospital abandonado da capital. Desmontaram-no e literalmente começaram a brincar com peças achadas em seu interior. "Bolinhas fluorescentes" que, aparentemente, não fariam mal a ninguém começaram a alastrar câncer pra população inteira. Bem inteligentes, não?!. Ok, nem julgo. O fato é que, a partir daí, parece que os que não se foram por causa da contaminação, sobreviveram porém com grandes sequelas. Ultimamente tudo que se diz a respeito de Goiânia na TV e nos jornais é desgraça. E ainda desgraça mal-feita. Bora pro primeiro tópico então.
Comecemos com Dona Vilma e seu ímpeto Nazaré Tedesco de ser. Descobriram que a velha roubou um menino recém-nascido (posteriormente conhecido como 'Pedrinho') de uma maternidade de Goiânia. Mas parece que ela empolgou depois de ter conseguido sua primeira vitória. Roberta, outra filha da velha, também não era natural de sua 'mãe'. A tedesco não-fictícia continua presa até hoje (e a fictícia também, rs).
Passados alguns anos, a capital choca não só nacionalmente, mas também internacionalmente. Cara Marie Burke, uma estrangeira veio conhecer o Brasil, e se instalou em Goiânia. Calma! A razão desse paradoxo já vai ser desvendada: a inglesa já conhecia o brasileiro palestino (ou palestino brasileiro?), então sua estadia já era certeira na capital goiana. O desfecho da história é bem simples. A Cara ficou sem cara (pegou? hamham). Mohammed D’Ali, autor do crime, esquartejou a loirinha (bem bonitinha, por sinal) alegando que "cortar uma pessoa é igual cortar bife, só que fede sangue". É algo a se pensar, não?! Pegou a cabeça da coitada e jogou no córrego mais próximo. Agora... eu penso. POR QUE? Ele deve ter feito uma pesquisa básica de lugares mais óbvios para se jogar um cadáver e o fez, é a única explicação plausível pra isso. O mais engraçado é que, nesses últimos dias, uma ex-namorada do açougueiro foi à prisão celar o noivado dos dois. Depois querem me convencer de que mulher pensa? (rs, brincadeira...)
Depois de alguns meses da tal tragédia internacional, veio uma polêmica que cortou o coração da população brasileira. Descobriu-se vídeos de uma mulher, de alto padrão de vida, que torturava uma garotinha. Botava pimenta em seus olhos, cortava sua língua com alicate, a deixava de molho no varal até seu turno acabar, etc. Algo realmente doentio. Acontecimentos desse gênero me indignam muito (leia-se: muito). Nunca poderia ser um policial, ou um juiz, porque eu juro que pegaria essa mulher e faria tudo com ela por um bom tempo, claro com algumas técnicazinhas a mais, né. Sim, confesso que tenho um ímpeto bastante vingativo. Lembro até hoje de quando minha irmã foi assaltada (e levemente acareciada), a raiva que o policial tomou pra ele. Como que, se ele achasse o velho, iria fazer bons e pesados carinhos em seus cabelos brancos. Juro que quase pedi pro policial pra fazer parte da sessão, mas preferi guardar a raiva pro meu travesseiro.
Saindo um pouco da temática dramática, vamos pra um pouco de humor (vocês vão saber porquê). Mês passado, Goiânia recebeu um semi-atentado terrorista vindo de um próprio conterrâneo. Sim, o autor da arte é de (Aparecida de) Goiânia e furtou a aeronave em Luziânia, cidade-satélite de Brasília, poucos quilômetros da capital. Kléber Barbosa, acompanhado de sua filha (sim, ela é a única peça que causa comoção na história), abordou o piloto de uma aeronave na tarde do último dia 17 e o fez a conduzir até arremessá-la contra o estacionamento do shopping mais frequentado do estado. Lendo a nota dessa notícia de um jornal pouco veiculado na cidade (só não digo o nome), me deparei com algo inusitado. Era mais ou menos assim: "Um avião foi sequestrado por um pai de família... blablabla... e tinha pretensão de arremessar a aeronave contra o shopping, porém uma arvore apareceu na frente para evitar o desastre". Ok. Pensemos sobre isso: Estava lá a árvore, grande e bela, no estacionamento do shopping. Em um dia aparentemente casual, ela observa um avião se aproximando. "Oh, céus, eu não posso deixar que aquele avião se choque contra o shopping Flamboyant, o shopping de Goiás (slogan barato e real)!". Então a árvore projeta suas raízes, não mais submersas, e corre até o momento de encontro entre os dois. Consegue imaginar a árvore pulando na frente do shopping em um grito clichê em slowmotion do tipo "NÃÃÃÃÃÃO"? Então. A árvore salvou o dia. A heroína vegetal evitou a morte de várias famílias goianas felizes. Plantemos mais árvores solidárias no estacionamento do shopping (Ou contratemos profissionais mais competentes no ramo jornalístico? Whatever). Saindo um pouco da temática fantástica (e fantasiosa) do jornal, reflitamos sobre o ato incompetente. Tipo, nem pra fazer um terrorismo bem-feito um goiano não serve? Espancou a mulher, estuprou uma adolescente, matou a filha gratuitamente, em prol de quê? De um avião no estacionamento? Quanta falta de ambição, tsc tsc.
Então é isso. O freakshow se resume a esses fatos. As perguntas, porém, persistem: por que uma cidade aparentemente pacata como a capital goiana só se sobressai em atos insanos e/ou nonsense? Pra quem pensava que aqui só habitavam uma população pacata, calma e sertaneja está muito enganado! Aqui vivem propagadores de câncer, sequestradores, psicopatas assassinos, torturadores e suicídas. "Olha quanta variedade!, estamos quase igual São Paulo!!!, Uhul!" Saindo um pouco do sarcasmo usual, proponho uma reflexão a vocês. Como alguém continua com a mente sã em um lugar em que se é normal comer pequi e ouvir moda de viola melosa com cornices? É de enlouquecer qualquer um!

Ps. Se você quiser saber a opinião de Guilherme Toscano sobre o assunto clique aqui.

1º de Abril FAIL.



AE GALERRËE 1 D ABIRRUL YUHULLL



nem vai ter blog não, malzaê. urruuuuuuuu
(risos.)




mentira, vai ter sim. (vários risos.)

Sejam Bem-Vindos ao Risos.




"Risos." É aí que você se pergunta... WHATAFUCK? Vamos mergulhar no túnel do tempo, baixinhos? Todos nós já tivemos (desagadáveis) experiências as quais alguém já demonstrou - onomatopeicamente - sua risada. O normal vem desde o "kkk" (que particularmente é bem... clichê e improvável que, de fato, aconteça) até o "hauhuahaua" que é o mais frequente nos dias de hoje. É aí que entra aqueles tiozões que não tem a mínima malícia tecnológica que mandam um "rsrsrsr" ou até algo mais absurso ainda: "Risos.". Ok, sejamos honestos, risos PONTO? Quer dizer que a risada vai até a hora que se lê o ponto... depois disso 'nem vem, pronto, acabou a risada, foi bom enquanto durou.' (?) Além do mais é algo que não demonstra nenhuma empolgação nem humor, deixando o que foi dito anteriormente como algo realmente não engraçado. Mas é aí que tá, meus caros! A idéia do blog com esse nome vem justamente do fato de que o objetivo central não é causar gargalhadas loucas com humor explícito e afins, e sim causar reflexões cômicas a partir de um humor mais subjetivo e ácido. Trocando em miúdos, é um blog que realmente não deve ser levado tão a sério, tão formal, e sim algo que sempre deve ser lido com muita atenção e criticidade.

Você deve estar se perguntando: "Mas de qual que é desse blog 'Risos.'? É mais um blog de piada? Eles vão me manter atualizado com qual idiota do Orkut eu devo deixar um scrap ou vão me contar das últimas fofocas dos famosos? Vão me atualizar com os joguinhos em flash mais maneiros da semana? Vão colocar fotos de mulheres gostosas e carros? Vão me deixar atualizados de como anda a vida sexual do Marcelo Camelo e da Mallu Magalhães? Que blog sensacional! Já vou favoritar!" Infelizmente a resposta pra todas essas perguntas é "Não".

A gente até que gostaria de dar todo esse conteúdo para vocês, mas nossas mães não deixam. Sério mesmo, minha mãe bloqueou o Big Brother da minha TV. Então, é um blog de humor? Não exatamente. É só nossa sincera opinião sobre as coisas. Então sinta-se à vontade pra degustar de opiniões medíocres sobre os mais variados (e avulsos) assuntos que existem!

Assinado,
A Equipe Risos.

Quem Somos Nós?

Gabriel Mota:

O autor mais tchubiruba deste blog é uma pessoa recheada de informação com um pezinho no interior. Com textos mais amenos e divertidos, Gablo - como carinhosamente o chamamos - nos traz deliciosas análises sobre os últimos fenômenos da internet e sobre o que passou terça feira passada na TV, sem deixar de lado seus relatos pessoais sobre experiências nos ônibus, na fila do cinema ou ainda como foi o natal de 1996. Seus textos nos dá o conforto de um abraço de uma pessoa gordinha, como o mundo deveria ser.


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Toscano, ou Toshca para os íntimos, é aquela pessoa que podemos classificar como um pacifista realista e formador de opinião. Sempre virá dele as soluções para nossos maiores impasses, recheadas de frases de efeito acolhedoras, que nos trará de volta para o mundinho real. Toshca ainda nos brinda com seu estilo único de texto. Consegue nos passar a impressão de que estamos em uma conversa informal de bar enquanto estamos lendo seus textos leves e lotados de originalidade. Facilmente desenvolve seus temas que nunca nos propomos a reflexão ou que nem tivemos a coragem de debater. É dele o grito que sempre carregamos preso na garganta e são dele as opiniões que sempre nos vemos acatando.


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Pedro Carvalho:

Pedro Carvalho, ou apenas PV. Assim definimos o "vilão" do Risos. O mais polêmico, o que sempre levanta discussões. Aquele que vez ou outra provoca reações de ódio, que se somam aos inúmeros ataques de amor de nossas fãs mais saidinhas. Pêvê tem como marca registrada, o humor mais ácido do blog Risos, nos trazendo sempre boas gargalhadas, nos fazendo pensar o quão boa foi aquela sua tirada. Porque ele não é só mais um rostinho bonito de olhos verdes que invade nossos monitores. Pedro Carvalho é o que dá a cara a tapa, que acredita piamente no que escreve sem medo de se arrepender.

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Twitter: @PedroVitor
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